Folha de S. Paulo


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1ª palestra:

Na abertura do Fórum a Saúde do Brasil, realizado na manhã desta quarta-feira (26) em São Paulo, o ministro Arthur Chioro (Saúde) enumerou os desafios da área no país.

Logo no início da fala, o ministro lembrou o aniversário de 25 anos do SUS (Sistema Único de Saúde), que ocorreu em outubro passado. "O SUS tem sido fundamental para promover a solidariedade, a justiça social e a inclusão no Brasil", destacou Chioro. Segundo ele, no ano passado, houve 1,5 bilhão de consultas médicas e 12,8 milhões de internações pelo sistema no Brasil.

"Meu sonho é que o SUS legal cada vez mais se aproxime do SUS real, aquele que pessoa fazer os brasileiros dizer: 'Estou satisfeito'."

Entre os desafios citados estão a necessidade de investimentos na atenção básica, a importância da gestão e da indústria farmacêutica, a questão do envelhecimento da população, dos transtornos mentais e da violência e a garantia dos cuidados integrais à população.

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2ª palestra:

A pesquisa "Paranorama da Saúde no Brasil", apresentada nesta quarta-feira (26) pelo Datafolha, revelou que os brasileiros se dividem sobre o caminho a ser seguido pelo sistema público de saúde no país.

O levantamento foi feito em parceria com a Interfarma e divulgado no Fórum a Saúde do Brasil.

Os dados mostram que 47% preferem pagar menos impostos ao governo e usar os recurso para contratar planos de saúde privados. Os 43% restantes dizem que gostariam de contribuir com mais recursos desde que os serviços públicos de saúde melhorassem.

"Considerando-se a margem de erro da pesquisa, é possível dizer que a sociedade brasileira está dividida quanto ao futuro do sistema de saúde e as políticas a serem adotadas", pontua Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Somente 8% dos usuários do SUS avaliaram o atendimento positivamente. Na rede privada, a aprovação chegou a 44%, menos da metade dos usuários do serviço pago.

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3ª palestra:

A qualidade e o financiamento dos sistemas público e privado de saúde no Brasil provocaram polêmica em painel do Fórum a Saúde do Brasil, realizado pela Folha nesta quarta-feira (26) em São Paulo.

Para Mário Scheffer, professor de medicina da USP, o Brasil optou, com o SUS (Sistema Único de Saúde), pelo financiamento estatal. Mas, segundo ele, o país está destinando dinheiro público para o setor privado através do repasse de recursos -o que acontece quando a rede privada atende pacientes do SUS.

"Existe sobreposição dos sistemas público e privado, o que gera segmentação e injustiça", afirmou. "Chegamos ao ponto de ter leitos do SUS e leitos privados dentro da mesma UTI (Unidade de Terapia Intensiva)." Assim, "acabamos tendo a visão de que o privado é bom, de qualidade, e o público não presta", disse.

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4ª palestra:

Ao falar da "via-crúcis do paciente", no Fórum a Saúde do Brasil, realizado pela Folha em São Paulo, o médico Drauzio Varella afirmou que a maior violência que o Estado promove contra as mulheres pobres é o difícil acesso aos métodos contraceptivos.

Varella lembrou que o Brasil deve rever as suas taxas de natalidade e que o índice (de 1,74 filho por mulher, segundo o IBGE) não revela a realidade do país. Ele, que viaja muito pelo Brasil, diz que sempre prefere ir às periferias para conhecer as situações reais.

"Todas têm casas de alvenaria, que não têm homem em casa e a mulher, que muitas vezes foi deixada pelo marido, cuida de um montão de crianças", afirmou. O resultado, segundo ele, é que essas crianças acabam sobrecarregando os serviços sociais, como saúde e escolas, entre outros.

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5ª palestra:

Antonio Brito, presidente-executivo da Interfarma, criticou a falta de incentivo à pesquisa clínica e farmacêutica no país no painel "Obstáculos e potenciais da inovação no Brasil", do Fórum a Saúde do Brasil, da Folha.

Com metáforas bem-humoradas e menções frequentes a convidados sentados na plateia, como o médico Drauzio Varella, Britto disse que ainda se espanta com a dificuldade que os profissionais de saúde têm para sanar dúvidas na área.

"Esta iniciativa é oportuna porque a conversa sobre saúde não é uma afirmação sobre o que já pensamos para sair mais convencidos do que já estávamos. Mas estabelecer [saindo daqui] uma taxa média de 1 ou 2% de dúvida, para começar."

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6ª palestra:

Os médicos Rodrigo Affonseca Bressan, professor e coordenador do Programa de Esquizofrenia da Unifesp, e Luiz Tenório de Oliveira Lima, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, discutiram como a ideologia de profissionais da saúde atrapalha o tratamento de transtornos mentais no Brasil.

O painel "Doenças da vida moderna" encerrou o primeiro dia de debates e palestras do Fórum a Saúde do Brasil, promovido pela Folha no Tucarena, em São Paulo.

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7ª palestra:

Na abertura do segundo dia do Fórum a Saúde do Brasil, realizado pela Folha nesta quinta-feira (27) em São Paulo, o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip, disse que o financiamento da saúde no Brasil é insuficiente e prejudicado por desperdício, pela execução repetida de trabalho e por corrupção.

O secretário afirmou que o governo federal está gastando menos, proporcionalmente, a cada ano, enquanto as fatias do financiamento da saúde referentes aos Estados e municípios estão aumentando.

A municipalização, para Uip, é uma das consequências mais graves dessa mudança. "Os municípios investem mais e investem errado", afirma. "Eles deveriam estar gastando com prevenção e acabam gastando com a doença, construindo hospitais e arcando com todo o ônus das unidades de pronto atendimento."

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8ª palestra:

Na manhã desta quinta-feira (27), o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales, e o professor titular de urologia da USP, Miguel Srougi, travaram um dos debates mais quentes do Fórum a Saúde do Brasil. O embate ocorreu durante o painel "Efetividade do programa Mais Médicos".

Para Srougi, que inaugurou o debate, o governo deveria utilizar uma maioria de médicos brasileiros no programa, em vez de cubanos, e sempre acompanhados de uma equipe multidisciplinar, com enfermeiros e paramédicos, no interior do país.

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9ª palestra:

Na visão de dirigentes dos principais estabelecimentos de saúde de São Paulo, o Brasil precisa se preocupar mais com a gestão dos hospitais, que devem ser destinados a pacientes mais graves.

Esse foi um dos pontos de acordo em debate nesta quinta-feira no Fórum a Saúde do Brasil, promovido pela Folha.

Participaram da discussão Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Gonzalo Vecina Neto, superintendente do hospital Sírio-Libanês e Walter Cintra Jr., diretor-executivo do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas.

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10ª palestra:

Para cada atendimento médico que se faz no Brasil –tanto em hospitais públicos, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), como em privados– o governo arrecada, em média, R$ 25.

A informação é do especialista Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Conselho Superior do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), que apresentou a palestra "Impactos da Tributação Brasileira na Saúde", durante o segundo e último dia do Fórum a Saúde do Brasil, promovido pela Folha em São Paulo.

De acordo com Amaral, o dinheiro é proveniente de taxas e impostos que incidem em todos os setores da saúde, desde equipamentos a insumos médicos, remédios e salários.

"Há uma absurda carga tributária sobre o principal direito fundamental do cidadão brasileiro, que é a saúde", diz Amaral. "É mais barato entrar na farmácia mugindo do que tossindo [visto que a tributação é menor para o setor veterinário]. Para os governantes e tecnocratas preocupados com tributação sobre a saúde, a vida não é importante, o importante é o dinheiro que entra no caixa."

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11ª palestra:

A sociedade brasileira passa pela revolução da longevidade, afirmou o médico e presidente do Centro Internacional de Longevidade, Alexandre Kalache, nesta quinta-feira (27), durante o Fórum a Saúde do Brasil, realizado pela Folha em São Paulo.

Kalache citou dados sobre a evolução, nas últimas décadas, e as estimativas para o futuro da taxa de fecundidade e da expectativa de vida ao nascer.

Hoje as brasileiras têm uma média de 1,74 filhos ao longo da vida, enquanto na década de 1970 a taxa era de 5,8 filhos.

Os brasileiros também estão vivendo mais. Em 1970, a esperança de vida era de 53,5 anos e hoje ultrapassa os 75.

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12ª palestra:

João Massud Filho, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica criticou a fraca presença do Brasil nos projetos de pesquisa clínica e disse que a dificuldade de se realizar testes em pacientes no país é antiético com a população. Massud foi o último convidado a falar no Fórum a Saúde do Brasil, organizado pela Folha, que terminou nesta quinta-feira (27).

"A aprovação ética no Brasil é complicada, existe uma tutela sobre os pacientes. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) rejeita os projetos porque está dizendo que o paciente não pode ser submetido à pesquisa."

Para ele, as restrições prejudicam a eficácia dos tratamentos aplicados aqui. "Como médico, digo que antiético é desenvolver um produto na Finlândia, com todo o respeito ao país, e vir usá-lo no Brasil, na 'raça brasilis' que nem sabemos qual é, dada a diversidade étnica que temos."

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13ª palestra:

Os médicos Rodrigo Affonseca Bressan, professor e coordenador do Programa de Esquizofrenia da Unifesp, e Luiz Tenório de Oliveira Lima, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, discutiram como a ideologia de profissionais da saúde atrapalha o tratamento de transtornos mentais no Brasil.

O painel "Doenças da vida moderna" encerrou o primeiro dia de debates e palestras do Fórum a Saúde do Brasil, promovido pela Folha no Tucarena, em São Paulo.

"Cerca de 30% dos pacientes dos Caps [Centros de Atenção Psicossocial] de São Paulo precisam de um remédio chamado Clozapina, mas não recebem", disse Bressan. Segundo ele, o medicamento não é utilizado por conta de desavenças ideológicas entre clínicos e psicólogos que, por exemplo, não concordam com a prescrição de remédios para certos casos.

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