Folha de S. Paulo


Comédia cearense faz declaração de amor ao cinema

Depois de "O Som ao Redor" (2012), mais dois bem-sucedidos filmes nordestinos desembarcam no circuito paulistano, o pernambucano "Tatuagem" e o cearense "Cine Holliúdy".

Este último já foi visto por 450 mil pessoas. Dirigido por Halder Gomes (leia entrevista abaixo), o longa, falado em "cearensês" e legendado, narra a história do sonhador Francisgleydisson (Edmilson Filho), que luta para manter viva sua paixão pela sétima arte após a chegada da TV ao interior do Ceará.

Embalada por canções de Marcio Greike e Odair José, a obra relembra a doçura de "Cinema Paradiso" e as excentricidades de "Amarcord" para falar do amor pelo cinema.

Informe-se sobre o filme

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sãopaulo - Seu filme é muito regional. Acha que ele vai fazer sucesso por aqui?
Halder Gomes - Acredito que ele pegue os nordestinos que vivem no Sudeste pelo saudosismo. Aquela coisa de querer um cinema que converse com as suas origens. Também pode ter um público de curiosos. Mas o filme tem na sua narrativa principal uma história universal. É uma obra que fala de superação, de paixão e de sonhos.

É o momento do cinema nordestino?
Acho que sim. O Brasil é um país imenso que tem nichos e mercados para o cinema também. Talvez agora eu esteja apresentando um nicho para a comédia nordestina.

Tem planos para um "Cine 2"?
O argumento para o "Cine Holliúdy 2" foi aprovado e já estou escrevendo o roteiro junto com Edmilson Filho.

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Aprenda com frases do filme um pouco do "cearensês"

- "Valêi-me, meu Padim Ciço! Tô pebado, agora lascou foi tudo"
Tradução: Valêi-me, meu Padre Cícero! Me dei mal, agora ferrou tudo

- "Oh, mulher ispilicute"
Tradução: Oh, mulher faceira

- "Égua, pai, essa histótia é muito joiada"
Tradução: Nossa, pai, essa história é muito bacana

- "Deixe de boneco"
Tradução: Deixe de confusão

- "Tenha nervo"
Tradução: Tenha calma


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