Distante do frenesi gourmet que vem abduzindo coxinhas, frangos de padaria e ovos coloridos, a Yoka mantém 33 combinações "responsa" de pastel. É acolhedor escanear o cardápio e se deparar com a singeleza dos sabores pizza, carne com ovo, frango com Catupiry e, vá lá, palmito com milho.
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Exceção exótica, o Japonês leva tofu (demais), shitake (de menos), kamaboko (massa de peixe) e cebolinha.
Entre os sabores do alto clero (acima de R$ 10), o de palmito com camarão é mesmo recheado de palmito e camarão. E sem miséria: o meu veio com três, dos robustos. É de imaginar, então, que o sabor bacalhau também seja recheado de bacalhau. Não pude, no entanto, chegar ao terceiro round.
Deve ter sido assim, sem aplicar truques na clientela e fritando mil retângulos igualmente sequinhos e dourados por dia, de domingo a domingo, que a Yoka foi eleita a melhor pelo júri na nova categoria pastel.
Instalada desde 1996 na rua dos Estudantes, na Liberdade, a casa tem tradição familiar. O pioneiro foi Takashi Yokoyama, pai da proprietária da Yoka, Luiza. Em 1967, ele já fritava pastéis para a molecada que frequentava as matinês do Cine Riviera, na av. Lins de Vasconcelos, no Cambuci. Antes disso, o patriarca manteve uma pastelaria perto do Mercadão. Já se vão 70 anos no ramo.
Hoje o clã administra três pastelarias em São Paulo. Duas Yokoyama e uma Yoka, esta última independente das outras. Ali, o esquema é escolher a combinação em um dos cardápios --há versões em português, inglês, japonês e braille-- e pedir no balcão.
MELHOR PASTELARIA (JÚRI)
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