Folha de S. Paulo


Teste: cigarro eletrônico causa "rasgo na garganta" e tem gosto ruim

Fosse o cigarro eletrônico um drible nas restrições de fumar no trabalho, no restaurante, no bar ou no avião, faria um esforço para migrar de vício.

Mas não é. O e-cigarro, como o comum, emite substâncias tóxicas para o pulmão e também para o ambiente ao redor. Aparentemente faz menos mal, mas os estudos ainda são incipientes.

A sensação: ao fumar um aparelho de R$ 12,50, senti quase nada. Foi uma tragada semelhante ao dos ultra lights.

Já o dispositivo de R$ 400 produz um rasgo na garganta, uma delícia, como nós fumantes sabemos.

O gosto não é bom. Mas o do comum tampouco é, como nós também sabemos.

Pesando tudo, não senti vontade de trocar. Nem de ir ao fumódromo com um cigarro eletrônico na boca.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. Onde comprar?
É proibida a venda no Brasil desde 2009. Porém, diferentes modelos são oferecidos em sites e em lojas da rua 25 de Março

2. É proibido fumar?
Não. O produto contém nicotina, extrato da planta tabaco, cujo consumo é permitido

3. Posso fumar em restaurantes?
Não. A lei paulista, de 2009, veta o consumo de "produto fumígeno" em ambientes de uso coletivo

4. Posso trazer do exterior?
Não. E quem tentar, pode ser acusado de contrabando. Entretanto, até hoje não há registro de apreensões no aeroporto de Guarulhos

5. Faz mal?
Sim. Esses cigarros têm nicotina, droga que causa dependência, além de substâncias cancerígenas

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Fontes: Anvisa, Receita, PF, Secretaria da Saúde e Humberto Fabretti, prof. de direito do Mackenzie


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