Folha de S. Paulo


Tiê estreia show infantil e pensa em gravar com as filhas: 'Elas mudaram minha música'

Tiê vai sair do ninho, levando a cria com ela. A cantora, que tem nome de passarinho, 33 anos e duas filhas, irá pôr a prole para cantar.

Primeiro, na plateia. Estreia um show infantil no Dia da Criança no parque Villa-Lobos, às 11h, pelo Projeto Cultura Livre SP. No mesmo dia, segue para o Festival de Arte Para Crianças, em Registro, interior de SP, onde toca à noite.

Depois, as filhas devem ser suas parceiras. Usará melodias de Liz, 3, no disco que começa a preparar. E cogita usar a voz dela e a de Amora, 1, num álbum para crianças.

A mãe de família também rala. Mais do que nunca: depois de ter um brechó e ser modelo, ela abriu há dois meses uma empresa para cuidar da carreira de outros artistas. Ela falou à sãopaulo dos EUA, onde gravou coros para Nana Rizzini, a quem agencia "como uma mãe".

sãopaulo - O que vai cantar no show infantil?
Tiê - Esse é um mix de o que eu gostava de ouvir, coisas dos anos 1980, e umas coisas de agora. Tem duas histórias. A "História de Uma Gata" [dos "Saltimbancos"] e "A História do Cocô" [ do seriado "Cocoricó"]. Minha produtora não se conforma que a música do cocô vai entrar, mas vou cantar sim.

Seu primeiro CD veio em 2009. O que mudou desde então?
O primeiro foi natural, mais denso e solitário. No segundo, tinha acabado de ter uma filha, achando a vida mais fácil. Quando tem filho, ou você relaxa e acha a vida fácil ou fica louco.

A maternidade mudou seu jeito de trabalhar?
Mudou o jeito de tudo. Agora fico menos tempo compondo e pensando na música, porque a vida ficou mais confusa.

E essa confusão virou música?
Sim. O que estou fazendo é gravar as melodias da minha filha, que tem três anos e meio. Ela compõe o dia inteiro, acho que podem nascer músicas boas.

As crianças entrarão na dança?
É um projeto para meu quarto disco. A Liz já participa muito dos shows. Vale a pena experimentar, sim.

O que faz na cidade?
Eu trabalho bastante. Vou ao parque da Água Branca. Ando no Minhocão de domingo, ando no centro, vou ao Sesc. Apesar de ser bem caótica, é uma cidade de certa maneira gentil. Tem de procurar muito, mas acha.

Dá para ter boas lembranças de uma infância paulistana?
É claro. Cresci aqui e guardo memórias boas. Minhas filhas com certeza também terão.


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