Neste ano, seguranças em motocicletas passaram a gravar, em vídeo HD, as rondas no entorno dos shoppings. Do lado de dentro, donos de lojas ganharam "botões do pânicos": alarmes para pedir ajuda --a promessa é de que um guarda do estabelecimento atenda em até um minuto e meio.
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Foi em questão de minutos, afinal, que dois casais vestindo roupas sociais entraram em duas joalherias do shopping Ibirapuera, no fim de tarde de 12 de julho, uma sexta-feira. Simultaneamente, renderam funcionários da Monte Carlo Joias e da The Grace. Alguns clientes gritaram, outros tentaram se esconder. O quarteto fugiu pela saída da alameda dos Jurupis.
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Os centros de compra ainda buscam a fórmula para se livrarem de vez de assaltos. Há alvos preferenciais: neste ano, foram ao menos sete ataques a joalherias e a lojas que revendem produtos da Apple em shoppings.
Esse raio caiu três vezes no mesmo lugar. De janeiro a julho, a joalheria Sayegh sofreu dois assaltos à unidade do Morumbi e outro à do Ibirapuera.
"Na sociedade acontecem assaltos a restaurantes, em faróis...", contemporiza Ademar Barbosa, 57, diretor de operações da Verzani e Sandrini. A empresa responde pela segurança de 25 shoppings na cidade.
Nos últimos anos, afirma, apareceram mais vigilantes à paisana (com trajes como jeans e camisa, em vez de ternos) e sistemas de câmeras cujo software alerta sobre "atitudes suspeitas" em frente a uma joalheria --se alguém com mochila ficar ali por mais de dez segundos, um aviso pipoca na tela da central de segurança.
Sobre o uso de revólveres por seguranças, Barbosa diz que esse é "o último recurso". Vigilantes carregam ainda pistolas Taser, que paralisam o alvo por meio de choques.
Outra tática adotada é dificultar a fuga de ladrões. A joalheria Cartier que abriu em 2012 no Cidade Jardim fica propositalmente num canto mais ermo, "distantes da entrada, e a loja tem paredes reforçadas", disse Juan Carlos Delgado, um dos diretores. "E não há saída ou entrada para funcionários."
PÚBLICO FIEL
Os roubos não afugentaram a clientela: não houve relatos de queda no número de frequentadores, segundo a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings). "Só um refreamento por dois a três dias, no shopping que teve dois assaltos [Ibirapuera]", diz o diretor de relações institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso, 68.
De janeiro a março, diz ele, foram 18 ocorrências policiais no país. Para Barbosa, da Verzani, ataques a shoppings têm mais repercussão.
De janeiro a agosto deste ano, foram registrados, em média, 19,9 roubos só na capital --e por hora.
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ROUBOS NESTE ANO
29 de julho - Monte Carlo, no Ibirapuera, é assaltada pela segunda vez. Quatro homens e duas mulheres se passam por clientes
O que a polícia fez - Prendeu um adulto e apreendeu um adolescente
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23 de julho - Ladrões atacam a iPlace, revendedora da Apple, no Villa-Lobos. Roubam 40 iPhones e 15 iPads avaliados em R$ 125,9 mil
O que a polícia fez - Pediu a prisão preventiva de uma pessoa
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12 de julho - Dois casais, vestidos com roupas sociais, roubam no mesmo horário a Monte Carlo Joias e a The Graces, no Ibirapuera
O que a polícia fez: Prendeu quatro adultos e apreendeu uma menor
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3 de julho - Cinco ladrões rendem vigias no Pátio Paulista, quebram a vitrine da a2YOU e recolhem R$ 50 mil em produtos da Apple
O que a polícia fez - Investiga o caso. Nenhum preso
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2 de julho de 2013 - Armados com metralhadoras e fuzis, quadrilha invade (de novo) a Sayegh no Morumbi
O que a polícia fez - Prendeu duas mulheres e recuperou 285 peças
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11 de fevereiro - Bandidos assaltam a Sayegh, no Ibirapuera. Segundo a polícia, eles arrastaram uma vendedora na fuga
O que a polícia fez - prendeu sete acusados, sendo dois pouco depois
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2 de janeiro - Ladrões roubam a unidade da joalheria Sayegh, no Morumbi. Valor dos produtos não é divulgado
O que a polícia fez - prendeu dois acusados em flagrante