Folha de S. Paulo


Brinquedos íntimos feitos em ouro e aço inox podem custar quase R$ 10 mil

Para o fabricante, uma empresa sueca com negócios no Brasil, não faltam argumentos para justificar os R$ 8.000 necessários para a compra de um brinquedo íntimo de aço inoxidável e ouro 24 quilates.

Pelo mesmo preço de um pacote de viagem de 11 dias para casal em Miami, o massageador clitoriano Yva garante "vibração profunda e ressonante", escala "multivelocidade" e cinco tipos diferentes de estimulação.

Em material promocional, a empresa LELO ressalta a embalagem de seu objeto de luxo -- um "um porta-joias" de madeira, com dobradiças douradas, forro "macio e aveludado" e encaixe de espuma.

Descrito como "joia" e "obra de arte" por Paulo Guimarães, diretor da companhia no Brasil, o estimulador é não é exatamente uma preciosidade maciça, mas banhada em ouro 24 quilates.

A mistura permite ao objeto a propriedade de esquentar ou esfriar de acordo com a temperatura ambiente.

Mas se você não tem R$ 8 mil sobrando para esquentar ou aquecer suas partes íntimas segundo o clima, talvez tenha R$ 7.000.

Nesse caso, ou poderá fazer um cruzeiro rápido pelo Mediterrâneo, ou investir em Olga, um estimulador do ponto G (também em aço e ouro) que vende uma experiência "sofisticada e plena". Olga tem duas pontas -- "para estimular o ponto G ou para penetrações", diz o fabricante.

Agora, se ainda falta verba para uma massagem íntima "sofisticada e plena", a cartada final da marca chama-se Earl. Por R$ 5.000 (ou pacote de 7 dias para casal no Caribe), você leva para casa um estimulador de próstata, "o ponto G masculino".

Os suecos fazem questão de reforçar sua preocupação sustentável, por meio de baterias recarregáveis e materiais biodegradáveis em todos os produtos.

Aos interessados, a empresa avisa que todas as peças são vendidas sob encomenda. Na hora de comprar jóias íntimas, portanto, nem pense em apelar para o sexshop da esquina.


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