Folha de S. Paulo


Veja dicas para enfeitar sua casa com quadros e outros apetrechos

Parede vazia é a tela em branco do decorador: dá para "colori-la" com quadros, pôsteres de filme, lembrancinhas de viagens... Mas tem a parte chatinha: pôr a mão na massa. Confira conselhos para saber a altura ideal do adorno, o melhor método para pendurá-lo e como ele combina (ou não) com o resto do ambiente:

Alto lá
Qual a posição ideal da obra na parede? A regra geral diz para pendurá-la na altura do olhar (cerca de 1,6 m do chão até o centro do quadro). Para uma arte grandona, melhor mais perto do piso do que do teto. Se for pô-la acima do móvel, fixe-a a um palmo de distância --ou pode parecer que ela está "voando".

Caixa de ferramentas
Para as obras mais pesadas, prefira furadeira e parafuso, que dão mais suporte. Se o enfeite for pequeno (como uma tela de 30 cm x 30 cm), prego e martelo dão conta do recado. É leve? Fita dupla-face. Ela evita o "efeito terremoto": quando o quadro pendurado com prego fica entortando.

Não entre pelo cano
Antes de sair martelando por aí, tenha a planta hidráulica da casa em mãos (peça uma cópia à imobiliária ou ao zelador), principalmente se quiser pregar o adorno no banheiro ou na cozinha. Obstáculos mais comuns que você pode encontrar: vigas e pilares ocultos por trás da parede.

Cada um é cada um
Sabe aquela ideia de que, numa sala com vários quadros, as molduras precisam ser iguais? Esquece. O que importa é harmonia (duas molduras grandalhonas, por exemplo, podem competir por atenção e tirar o protagonismo da tela). Outra dica: paspatur --aquele contorno de madeira ou de papel cartão colorido.

Harmonize
Se o décor da sala for muito chamativo (como um sofá de veludo roxo), prefira telas mais simples. O quadro é bem "cheguei" --vários borrões fosforescentes, por exemplo? Aí, é bom optar por um sofá "pretinho básico". Um adorno pequeno ao lado do abajur ou uma tela grande atrás do sofá trazem simetria ao espaço.

Faça você mesmo
Não há muito erro em pendurar um quadro por conta própria (pelo menos, nada irreversível). É só ter noção da altura e marcar a posição escolhida com régua e lápis. Mas, se bater a insegurança (principalmente se a obra for grande e pesada), chame um profissional.

Vidro antirreflexo
Os mais perfeccionistas exigem vidro antirreflexo. Modelos nacionais, em geral, não garantem boa transparência. Vale investir num importado, que assegura ainda até 92% de proteção contra raios UV (útil para aquarela e outros materiais sensíveis). O bolso é que estilhaça: uma chapa pode custar até R$ 2.000.

Listras com bolinhas
Não fuja do mix de estilos. Sinta-se livre para misturar, por exemplo, esculturas africanas e obras modernas com molduras clássicas.

Fontes: Camila Matarazzo, Guilherme Torres e Maria Di Pace (designers de interiores)


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