Neste sábado (17) à noite, no porão da Faculdade de Direito da USP, ninguém é de ninguém. Um grupo pró-amor livre promove no espaço de convivência da escola, no largo São Francisco, uma festa para celebrar formas de amor diferentes da monogamia. E todos estão convidados.
"O RLi é um movimento iniciado no Rio Grande do Sul que manifesta uma visão de relações afetivas e sexuais onde cada pessoa tem direito de desejar e viver quantas relações e amores quiser, da forma que preferir, dispondo de poder apenas sobre si e suas próprias escolhas", define Thomas Fessel, que trouxe a sigla para a capital paulista há dois anos.
| Chico Felitti/Folhapress | ||
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| Pôster convidando para festa pró-poligamia |
Divulgado no perfil do Facebook do RLi e em pôsteres espalhados pelo centro e pela região da Paulista, a festa é seu primeiro evento completamente aberto. "Nos encontramos algumas vezes por mês para discussões políticas e, no mínimo, uma vez por mês para uma festa, mas costumam ser as pessoas da comunidade", diz Fessel, que administra o perfil do grupo, com quase 500 membros.
Um deles, diz Fessel, é aluno da graduação na USP e sugeriu que o evento se desse no espaço, usado como área de convívio e de festas de alunos franciscanos.
A entrada para o encontro custa R$ 10 até a meia-noite, e R$ 15 após isso. A não ser que você seja um "coxinha", aí o preço duplica, diz o anúncio. "Mas é só uma brincadeira, não tem nem como dizer quem é coxinha, careta, mauricinho ou não", disse um dos membros da comunidade enquanto pendurava cartazes pela avenida São Luis, no centro.
O organizador disse na quinta ainda não saber que músicas tocarão na festa. Mas planejava uma intervenção artística que envolvia mudança de gênero. "Quem quiser pode vir. É só lembrar que nosso lema é 'Ser livre para...', assim, terminando com reticências."