Folha de S. Paulo


Empresa vende óleo que promove "efeito chapinha" nos pelos dos cães

A ditadura da chapinha parece ter chegado aos pet shops. De acordo com a rede Pet Society, 20% dos 15 mil cães que passam por suas unidades todos os meses fazem uma espécie de escova progressiva com óleo de Argan.

Truque de beleza conhecido das mulheres, o óleo proveniente de uma amêndoa marroquina inspirou a empresa a desenvolver um tratamento específico para pets.

O produto faz uma hidratação, mas não um alisamento. É utilizado principalmente em raças que já têm uma pelagem lisa, como shih-tzu e maltês.

Segundo o esteticista animal William Galharde, essa é uma "tendência humana" que chegou ao mundo pet. "Com isso, o pelo do animal não embaraça, mantém o caimento e diminui o frizz", afirma ele, que ajudou a desenvolver o óleo. O produto é ativado pelo calor uma chapinha e ainda promete deixar os fios mais macios.

O estabelecimento diz que a aplicação pode ser feita em filhotes a partir de quatro meses e que a hidratação também é indicada para outras raças, como poodle e cocker spaniel. A hidratação custa de R$ 50 a R$ 70, de acordo com o tamanho do cão.

O veterinário e professor da Unesp Jabuticabal Aulus Carciofi não vê problemas no uso da chapinha no pelo dos animais, mas acredita que a humanização os bichos é ruim. "O animal se comunica pelo cheiro e o excesso de banhos e perfumes interfere no seu comportamento", diz.

O tratamento com o produto é oferecido em todas as lojas da rede Pet Center Marginal.


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