Folha de S. Paulo


Boate Bahamas cobrará R$ 200 de entrada quando (e se) reabrir

"Quem usar o quarto não vai precisar pagar. E quem não usar, paga do mesmo jeito!", diz Oscar Maroni. O empresário dos prazeres já faz um plano de negócios para a reabertura da boate Bahamas, em Moema, fechada há cinco anos por decisão da Justiça.

Todo e qualquer cliente terá de deixar duas centenas de reais na porta no novo esquema. "E isso dá direito a uso de uma suíte, já incluso", diz Maroni, 61. Quando fechou, o inferninho cobrava cerca de R$ 100 de ingresso, mais R$ 50 por cada hora passada num quarto.

A reabertura contará também com uma nova decoração do negócio, com 24 quartos, sauna e piscina. "A casa reabre em meses", promete Oscar, enquanto fala em outra linha telefônica com técnicos da prefeitura. "E reabre novinha em folha."

A boate foi interditada pela prefeitura em 2007, com Maroni sendo acusado de favorecer a prostituição, e no mesmo ano perdeu todos os alvarás depois que o poder municipal apontar que o estabelecimento ficava dentro da zona de ruído do aeroporto de Congonhas, onde a construção de hotéis é vetada por regulamento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Acontece que a Justiça considerou que o Bahamas está em local permitido. Em decisão de 5 de abril, é citado um item do regulamento da própria Anac que permitiria a atividade no setor em que está a balada.

A Anac tem agora de emitir um novo relatório para reclassificar o lugar. O Tribunal de Justiça o descreveu como "atividade compatível" com a região - contanto que não ultrapasse em barulho interno 65 decibéis, o equivalente a um aspirador de pó funcionando.


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