Folha de S. Paulo


Com menu cheio de invencionices, Astor vai melhor nos pedidos clássicos

"Olá, meu nome é Daniel e vou atender vocês nesta noite." Parece o Outback, mas estou no melhor boteco de São Paulo, o Astor. Sorridente e educado, Daniel apresenta as credenciais do lugar. Logo se vê que trata-se de um bar que não preza muito a tradicional simplicidade botequeira.

Qual é "a" bebida da casa, pergunto. E Daniel saca duas "cartas" de drinques feitos com gim –"vol. 1" e "vol. 2", acredite. De tantos nomes, sobrenomes e ingredientes, resolvo simplificar e aponto a figura mais simpática: "Quero este aqui".

Trata-se de um Basil Smash (gim, suco de limão-siciliano e manjericão). É, digamos, mais bonito do que bom.

Decido migrar para algo tradicional, um bloody mary, e o caminho mais seguro se mostra acertado. A casa vira o jogo definitivamente quando peço um canapé de rosbife, tomate e queijo emmenthal. O nome é fresco, mas o petisco é daqueles que fazem valer a visita.

Em tempos de multiplicação dos azeites picaretas, os tubos de uma autêntica mostarda de Dijon dispostos um em cada mesa ainda conferem um ar de honestidade ao Astor.

No fim das contas, e depois de mais um chopinho para rebater, está desfeita a impressão de que aquele é um lugar arrumadinho demais para ganhar um prêmio de melhor bar/boteco pelo júri.

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