Folha de S. Paulo


Melhor casa de música ao vivo mostra que tamanho não é documento

A Casa de Francisca, eleita na categoria melhor música ao vivo pelo júri, é mesmo bem pequenina –e muito mais aconchegante do que você jamais terá ouvido dizer. São 44 lugares distribuídos precisamente em um retângulo que, atrás, sobe em degraus que abrigam mesas e, à frente, desemboca no pequenino palco. Ali, artistas e plateia se veem literalmente nos olhos.

Gente como o jovem trio paulistano O Terno, o seminal Jards Macalé e o grupo Teatro do Ornitorrinco –sem mencionar o saudoso Paulo Vanzolini (1924-2013), que fez dali um lar no entardecer da trajetória, além dos habituês Criolo, Arrigo Barnabé e Zé Celso (que mostra ali um eventual espetáculo em formato piano-voz).

O cardápio, criativo e (claro) diminuto, acerta das entradas –como o creme de abóbora com azeite de gengibre– às sobremesas, além das cartas de cervejas e de vinhos. Se Deus e o Diabo vivem nos detalhes, um viva à Francisca de garçons atenciosos e adornos sutis a nos lembrar que tamanho não é documento.

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