Faz tempo que comer deixou de ser uma atividade estritamente ligada à comida. Em São Paulo, você pode "comer" badalação, decoração ou público-alvo. Em alguns restaurantes, a comida (ainda que uma delícia) não é a atração principal.
É o caso destes três vencedores do júri na categoria melhor ambiente. Quase "hors-concours" em ambiente é o Spot. Sobre ele, qualquer clichê é verdadeiro: é "o lugar" para ver e ser visto, "o point" onde celebridades ficam relaxadas em público e um dos poucos destinos ao mesmo tempo badalados e acessíveis aos não famosos e não endinheirados. (Ah, antes que eu me esqueça, no menu tem o penne oriental, incrível.)
No Kaá, a grife do arquiteto Arthur Casas se anuncia antes dos pratos. O lindo paredão de plantas da mata atlântica e o barulhinho da fonte criam um clima que chega a ser assustadoramente relaxante, se você se lembrar de que está em plena Juscelino Kubitschek. (No cardápio? Tem o tagliatelle com camarões, de lamber os beiços.)
O Chez MIS tem um museu cheio de charme como casa, o "hype" da grife Chez, o vidro e a vista do jardim do MIS, velas brancas derretendo sobre azulejos e uma manada de modernos –que não gostam de ser chamados assim– como habituês. (E serve comida, claro, como o nhoque rústico, com molho de parmesão e farofa, que é de comer ajoelhado. Ou não. Num lugar desses, pode pegar mal.)
Informe-se sobre o restaurante Chez MIS