Folha de S. Paulo


Fartura é marca dos melhores da cozinha brasileira eleitos pelo Datafolha

Dá uma certa compaixão das saladas, eternas coadjuvantes em bufês mineiros. No Dona Lucinha, perdem fácil para o torresmo –feito exclusivamente de barriga de porco– e para a linguiça suína artesanal com molho de rapadura. No Consulado Mineiro, as distrações incluem o pastel de aipim e o onipresente pastelzinho de queijo.

Mas uma saladinha pode aliviar a culpa pelo que virá depois. No Consulado, pode ser a rabada ou o lombo de porco. Ou, à la carte, a vaca atolada e o quibebe (purê de abóbora) com carne de sol, servidos em porções para dois.

No Dona Lucinha, a abundância não tem pretensão de abarcar toda a cozinha de Minas. O foco são as receitas do vale do Jequitinhonha.

Separadas, a cozinha do tropeiro –com pratos secos, a exemplo do feijão de tropeiro e do "tutu bebo", com cachaça– e a cozinha da fazenda –com pratos caudalosos, como o frango com quiabo– convivem bem. Crocante, a couve acompanha bem as receitas.

Já o Bolinha vai direto ao ponto: o rodízio de feijoada, cobrado por pessoa, não inclui folhas. Os petiscos fritos (mandioquinha, bacon) chegam à mesa para abrir para uma deliciosa, cara e "impraticável" feijoada. Para uma ou duas pessoas, a quantidade de feijão na cumbuca de barro fumegante é a mesma. Combinado com um apetite menos voraz, o desperdício é inevitável.

Diante destes três campeões pelo Datafolha, as porções mirradas e a "finger food" que me desculpem, mas por vezes fartura é fundamental.

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