Folha de S. Paulo


Girarrosto e Jardim de Napoli remetem ao norte e ao sul da Itália

O empate na categoria italiano na escolha do júri é um estereótipo do que o sul e o norte da Itália têm de particular –e das diferenças entre as regiões.

O Girarrosto é, em todos os detalhes, um restaurante profissional, dos uniformes ao tecido dos guardanapos, da temperatura dos pratos à atenção quase excessiva do serviço.

A casa tem o ar endinheirado e urbano de Milão, cuja frieza é quebrada pela combinação de ingredientes particularmente feliz. Aspargo e queijo taleggio, figo com sálvia e amêndoas ou berinjela, burrata, camarão e nozes são alguns dos achados do cardápio, que justificam plenamente a preferência do júri.

Já o Jardim de Napoli é um restaurante familiar do sul da Itália, suculento, acolhedor e antiquado. Mantém o ar de cantina há várias décadas, com toalhas quadriculadas, mesas pequenas, muita luz e pouca música ambiente (felizmente!).

Alguns garçons mudaram, mas os novos parecem os mesmos. E o polpettone, carro-chefe da casa, continua crocante como o da época em que o restaurante ganhava os campeonatos de "bom e barato". Ficou mais caro, mas esse é o destino inescapável dos bons e baratos: ao longo dos anos, ou deixam de ser baratos, ou deixam de ser bons.

Além de Girarrosto e Jardim de Napoli, a categoria melhor italiano do júri foi vencida também pelo Fasano, que acumula o título de melhor restaurante pelo Datafolha.

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