Folha de S. Paulo


Pizzaria Camelo domina os truques da rúcula com tomate seco

Tem uma pizza que a Camelo, eleita melhor pizzaria pelo Datafolha, faz como ninguém: rúcula com tomate seco, justo ela, que virou praga nos cardápios. Sou adepta desse sabor e acompanho a dificuldade das pizzarias em manter a rúcula num estado minimamente apresentável.

Claro que a pobre nunca vai ao forno. Mesmo assim, leva um baque quase fatal ao se deparar com o calor da mozarela. E segue agonizando das mãos do pizzaiolo à garfada do cliente.

Na Camelo não. A rúcula é cortada em tiras bem finas, como couve, e consegue se manter crocante (minha teoria física é que a forma "graminha" permite que a quentura suba sem agredir tanto a planta. E, como o punhado é generoso, a parte superior fica mais distante do queijo assassino).

O tomate seco não vem em pedaços grandes, mas picadinho, o que torna a cobertura mais homogênea. Para isso é também indispensável o fato de a mozarela usada ser a normal e não a de búfala, que, na boca, vira uma borrachinha morna.

Rúcula à parte, a Camelo tem atendimento simpático e ambiente agradável, apesar da decoração pasteurizada das unidades (a matriz, na Pamplona, era mais "autêntica"; mas uma reforma a transformou em filial das filiais).

Dito isso, a Camelo não é a minha pizzaria favorita. Mas, se houvesse a categoria melhor pizza de rúcula com tomate seco, teria meu voto.

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