Folha de S. Paulo


Melhor japonês, Kinoshita retoma valores antigos sem conservadorismo

Quando mudou de seu velho endereço na Liberdade para a Vila Nova Conceição, o Kinoshita, eleito melhor japonês pelo júri, fez um duplo movimento –para a frente e para trás.

Suas instalações deram um salto futurista: o tradicional ponto, que replicava a decoração simples e padronizada dos restaurantes do bairro, deu lugar a uma bela arquitetura contemporânea, de pedras e vidros filtrando a luz e a paisagem da rua.

Já a cozinha, onde curiosamente conviviam o menu tradicional do fundador Kinoshita com os arroubos furiosamente "fusion" de seu genro, o chef japonês-carioca-cosmopolita Tsuyoshi Murakami, deu um inesperado "passo atrás", em direção às tradições.

Mas sua adesão aos valores antigos nem de longe foi uma guinada conservadora. Pelo contrário, ele prossegue com menus criativos nos quais os sushis, por exemplo, estão presentes, mas também –como na nova carta (ele muda duas vezes ao ano)– itens em que um tratamento moderno resgata velhos ingredientes (polvo salteado com pimenta "shichimi togarashi", pé de porco em caldo levemente picante).

Assim é o Kinoshita, andando para a frente sem deixar de olhar para trás.

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