Folha de S. Paulo


Eleito pelo júri, Maní produz grandes surpresas em tons suaves

Tudo bem que se peça um ovo em um restaurante de bairro qualquer. Mas quem é maluco de escolher clara e gema como entrada no melhor restaurante de São Paulo, segundo este júri, e 46º melhor do mundo, de acordo com a inglesa "Restaurant"?

Pedi. E não me arrependo. O Ovo Perfecto do Maní é cozido a 63°C durante duas horas e meia e chega à mesa sobre espuma de palmito pupunha. É um primor de leveza essa criação do casal de chefs, a gaúcha Helena Rizzo e o catalão Daniel Redondo.

O restaurante é "perfecto" como o ovo? Quase. Algumas mesas ficam próximas demais umas das outras. São poucas as opções de vinho em taça –entre os brancos, há apenas duas alternativas, e ambas custam R$ 35. Talvez valesse se o vinho fosse sublime. Não é.

No mais, o Maní soa como a melhor bossa nova, produz grandes surpresas em tons suaves, mas jamais insípidos.

O peixe do dia (robalo, quando fui), envolto em tucupi e banana-da-terra, contrasta texturas que brincam com o paladar. Mas o efeito principal desses ingredientes é realçar o sabor do peixe. A invenção está a serviço da harmonia.

A decoração é minimalista; o serviço, preciso e discreto. Talvez tudo ali pareça simples e natural. Como o ovo ensina, as aparências enganam.

O Maní foi eleito, também pelo júri, como o melhor restaurante variado da cidade.

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