O Fasano é aquele restaurante espetacular dos Jardins, onde você, ao entrar, se sente como num filme de Hollywood dos anos 1950: a vitrine em cinemascope do "scotch bar", a coqueteleira dramática do barman "black", os garçons encenando elegâncias perdidas e a decoração em clima muito intimista.
Você imagina que, dessa vez, se sentará ao lado da mesa de Frank Sinatra e Lana Turner, mas acaba sempre alojado em meio a convivas que ficariam perfeitos numa telenovela. É melhor se concentrar no cardápio.
- Comandado por Alex Atala, D.O.M. tem menu-degustação à noite e prato feito de dia
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Há algum tempo, o mundo da gastronomia paulista viveu a troca de chefs do Fasano como o ápice trágico de uma ópera.
O episódio, entretanto, pouco abalou a cozinha do restaurante, que permanece exemplar em seu sereno conservadorismo, decididamente avessa a fogões futuristas.
Embora o tempo pareça ter parado no Fasano, o paladar se agita sem trégua diante da delicada "terrine de fegato grasso al marsala" (terrine de "foie gras" ao marsala), da nostálgica "quaglia arrosto ripiena di lardo e basilico con cavolfiore gratinato" (codorna ao forno recheada de toucinho toscano e manjericão com couve-flor gratinada) e das evocativas Millefoglie Fasano (sobremesa mil-folhas com creme de laranja).
Sim: tão poucas surpresas, mas quantas delícias.
O Fasano foi eleito melhor restaurante de São Paulo pelo Datafolha, empatado com o D.O.M..
FUNCIONÁRIOS APRESENTAM ROTINA DE GRANDES CASAS: