Folha de S. Paulo


Nova animação mostra o início da amizade entre protagonistas de 'Monstros S.A.'

Vários anos antes de formarem a temível, porém doce, dupla de monstrengos assustadores do filme "Monstros S.A." (2001), Mike Wazowski (o pequenino verde de um olho só) e James P. Sullivan (o azulão desengonçado também conhecido como Sulley) começaram a amizade de uma forma bastante conturbada.

Esse é o mote para a animação "Universidade Monstros", que estreou na sexta-feira (21). Na obra, dirigida por Dan Scanlon, acompanhamos os dois no primeiro ano da faculdade.

Mike usa aparelho dentário e só pensa em estudar para se tornar o melhor aluno da turma de susto. Sulley, ao contrário, é bastante autoconfiante e não dá a mínima para as teorias.

Com tantas diferenças à primeira vista, os dois acabam em um embate que culmina na expulsão de ambos da universidade. O único jeito de reverterem o castigo é se unir e vencer os Jogos de Susto ao lado de uma equipe composta de excêntricas --e divertidas-- criaturas, como os siameses Terri e Terry Perry e o grudento Don Carlton.

Após muito treino e algumas trapalhadas, os protagonistas aprendem uma lição: para botar medo é preciso enfrentar os próprios "fantasmas".

Informe-se sobre o filme

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+ SUSTOS

Autor infantil indica dois filmes em que o medo também é protagonista

Márcio Araújo, 42, coautor da peça infantil "Quem Tem Medo do Escuro?" --em cartaz no Centro Cultural São Paulo-- e um dos criadores do programa "Cocoricó", da TV Cultura, acredita que a ficção possa ser um "elemento de salvação" para as crianças. Segundo ele, obras como "Universidade Monstros" e "Monstros S.A." trazem à tona temas que ajudam os pequenos a "enfrentar e vencer seus medos". "É no lúdico, e por meio do herói, que a criança vai encarar melhor aquilo que a amedronta."

CORALINE E O MUNDO SECRETO
Na obra, uma garotinha vai parar em um mundo paralelo horripilante. Para Araújo, o filme aborda os temores de maneira diferente. "Desde o início da história, a protagonista é corajosa. Ela não titubeia e não liga para o medo."

PARANORMAN
O garoto Norman tem o dom de falar com os mortos. Assim, para salvar sua cidade de uma maldição, ele precisa lidar com zumbis e fantasmas. De acordo com Araújo, o filme é "uma ode ao medo e ao não medo."


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