Em meio aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus que moveram São Paulo nos últimos dias, a capital será palco de outro ato de manifestação no próximo sábado (15), desta vez contra o Estatuto do Nascituro.
Programado para às 13h na Praça da Sé (centro), o ato contará com a distribuição de panfletos contra a aprovação do estatuto, que atribui direitos fundamentais ao embrião--o que torna ainda mais distante a possibilidade de uma mulher abortar.
- Em protesto, sete repórteres da Folha são atingidos; 2 levam tiro no rosto
- Conselho de mulheres chama 'Estatuto do Nascituro' de retrocesso
O projeto, aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação, estabelece garantias ao bebê em gestação e também aos embriões congelados. No texto, há ainda a menção a uma espécie de "bolsa" para a mulheres vítimas de violência sexual que não interrompam a gravidez, o que foi apelidado pelas pessoas contrárias de "bolsa-estupro".
Na página do evento no Facebook, mais de 15 mil pessoas confirmaram presença no ato.
Uma petição online contra o estatuto já conta com mais de 130 mil assinaturas, que serão entregues para o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.
"O Estatuto do Nascituro ignora a relação de causa e efeito entre a ilegalidade do aborto, os altos índices de abortos inseguros, e as altas taxas de morbidade e mortalidade materna no Brasil, e põe em risco a saúde física e mental e até mesmo a vida das mulheres", afirmam os manifestantes na página da petição.