Folha de S. Paulo


'Odeio o Dia dos Namorados e todas as datas', diz Heloísa Périssé

Assim como sua personagem na comédia "Odeio o Dia dos Namorados", que estreou na sexta-feira (7), Heloísa Périssé, 46, também detesta a data romântica comemorada no Brasil nesta quarta-feira (12).

Em entrevista à sãopaulo, a atriz revelou não gostar de nenhum tipo de comemorações ditas como "obrigatórias". "Odeio qualquer coisa que me digam que 'eu tenho que'. Que eu tenho que vestir branco, que eu tenho que estar feliz", diz.

No filme do diretor Roberto Santucci (da série "De Pernas pro Ar"), ela é Débora, uma publicitária "workaholic" que precisa criar uma campanha romântica para o Dia dos Namorados. Mas, além de ser uma mulher pouco sentimental, o cliente é Heitor (Daniel Boaventura), um ex-namorado que ela dispensou de forma humilhante.

Em meio a esse desafio, Débora recebe a inesperada visita do fantasmagórico Gilberto (Marcelo Saback), um amigo que já morreu e que tem a dura missão de amolecer seu coração de pedra e obrigá-la a rever toda a sua vida.

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ABAIXO, CONFIRA O BATE-PAPO COM A ATRIZ HELOÍSA PÉRISSÉ

sãopaulo - Você também odeia o dia dos namorados como a Débora?
Heloísa Périssé - Odeio, odeio [risos]. Na verdade, odeio todas as datas. Não gosto de qualquer coisa que me digam que "eu tenho que". Que eu tenho que vestir branco, que eu tenho que estar feliz. Mas, como tenho filhos, acabo seguindo todo o protocolo. Faço tudo como se eu amasse. Escondo ovos na Páscoa, faço árvores de Natal lindíssimas, completamente iluminadas, mas odeio. Só faço pelas minhas filhas mesmo. Dia das Mães se não for todos os dias e Dia dos Namorados se não for todos os dias, não interessa.

Como o convite para protagonizar o filme chegou até você?
Eu trabalhei com o Paulo Cursino, roteirista do filme, durante muitos anos no "Sob Nova Direção" e ele sempre falou que gostaria de fazer um filme comigo. Então, quando fez o roteiro do "Odeio", sugeriu meu nome e me chamaram.

Acha que o "Odeio" será outro sucesso do Roberto Santucci [diretor da bem-sucedida série "De Pernas pro Ar"]?
É difícil saber. Foi um filme feito com muito amor, com muita dedicação. É uma obra que tem uma história toda redondinha. Não foi feito de qualquer jeito, nas coxas. Nós trabalhamos o roteiro, fiz todo um trabalho de composição da Débora. E o Brasil é um terreno muito propício para a comédia. O brasileiro é um povo que ri de si mesmo com facilidade. E acho que o "Odeio o Dia dos Namorados" tem ingredientes importantes para fazer uma carreira bacana.


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