Folha de S. Paulo


Depois de dez anos, mãe acha filha desaparecida no tsunami

A história da jovem Raudhatul Jannah, 14, começa no dia 26 de dezembro de 2004, quando a Indonésia foi atingida por uma das maiores catástrofes naturais deste século. Um tsunami na região provocou ondas gigantescas, deixando mais de 220 mil mortos no oceano Índico.

Raudhatul, que na época tinha 4 anos, vivia na província de Aceh, uma das mais atingidas pela tragédia. Sua família morava na ilha de Sumatra, que foi destruída. Quando o local foi inundado pelo mar, ela conseguiu se segurar em um pedaço de madeira e sobreviveu. Seus pais, sem notícias, pensaram que ela e o irmão haviam desaparecido, e perderam as esperanças de encontrá-los.

Na verdade, Raudhatul foi adotada por uma família pobre que vive na região e não conseguiu localizar seus pais. Mas em junho, um dos seus tios encontrou por acaso com ela na saída da escola. Ele ficou impressionado com a semelhança de Raudhatul com a mãe.

O tio decidiu então entrar em contato com os pais adotivos da menina e descobriu que Raudhatul era uma sobrevivente do tsunami. Ela foi salva por um pescador e criada pela mãe dele, que pensava que a garota era órfã. Inicialmente reticentes, os pais de Raudhatul decidiram visitar a menina e descobriram que se tratava, de fato, da filha do casal. "Estou muito contente de estar novamente com meu pai e minha mãe", disse a menina.

Depois do 'milagre', os pais de Raudhatul agora têm esperança de encontrar o irmão da garota. Seu pai, Septi Rangkuti, 52 anos, alertou a polícia, que fará uma busca para localizar o jovem Ari Pratama, nome do irmão de Raudhatul, também sobreviveu, mas na época  foi separado de sua irmã porque a família do pescador não tinha condições de ficar com duas crianças.
 


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