Folha de S. Paulo


Vigiar Julian Assange custa caro aos cofres da Inglaterra

Nesta quinta-feira (19) completaram-se dois anos que Julian Assange, 42, fundador do site WikiLeaks, está refugiado na Embaixada do Equador em Londres.

A vigilância do militante australiano custa uma fortuna para os contribuintes do Reino Unido. Do dia em que ele se escondeu na embaixada até hoje, já foram gastos cerca de R$ 24 milhões.

A soma estes inclui os salários dos policias, horas extras, uso de veículos, escritórios e material informático. Vinte e quatro horas por dia, os policiais estão de guarda do lado de fora da embaixada, um prédio de tijolos perto da Harrod's, uma das lojas mais luxuosas de Londres.

Foi no dia 19 de junho de 2012 que Julian Assange se refugiou na embaixada para escapar de uma extradição para a Suécia, sob acusação de estupro e agressão sexual.

Temendo ser, em seguida, extraditado para os Estados Unidos e ser julgado por ter revelado em seu site milhares de documentos confidenciais americanos, Assange se escondeu na representação diplomática equatoriana. E não saiu mais.

Por razões de segurança, a Scotland Yard não divulga o número de oficiais mobilizados na vigilância de Assange.

O hacker mais famoso do mundo pode contar com a proteção do Equador. O presidente Rafael Correa declarou que o australiano sempre terá a proteção do seu país e pode ficar na embaixada por quanto tempo quiser.


Endereço da página: