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Saída do PSDB será definida entre Temer e Alckmin, diz Padilha

Pedro Ladeira/Folhapress
O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha
O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quinta-feira (30) que o desembarque do PSDB da Esplanada dos Ministérios depende de um acordo entre o presidente Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O encontro entre os dois, para definir a maneira como será a saída do partido, deve ocorrer no próximo sábado (2), em São Paulo, onde o peemedebista irá entregar moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.

"Se houve um anúncio de todos os líderes [tucanos] de que eles iriam sair, me parece que é uma questão apenas de haver entre o presidente Michel Temer e o governador Geraldo Alckmin a definição da forma como será feita essa transição", disse.

Padilha disse ainda que, apesar do inevitável desembarque, o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) pode ser mantido no cargo como da cota pessoal do presidente.

"O ministro Aloysio Nunes é uma das pessoas que mais respeito dentro do PSDB", disse. "E penso que ele pode vir a ser um ministro na cota pessoal do presidente", acrescentou.

Ao todo, o PSDB detém três pastas: Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos. Com a saída do partido, Temer decidiu se antecipar ao movimento e passou a pressionar a sigla publicamente a agilizar a sua saída.

DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS

O intuito do presidente édistribuir os cargos tucanos aos partidos do chamado "centrão", como PP, PR e PTB, em uma tentativa de diminuir a resistência deles à reforma previdenciária.

O ministro voltou a afirmar que o Palácio do Planalto não concorda com novas concessões na proposta de mudança das aposentadorias, inclusive as defendidas pelo PSDB.

"Nós já chegamos no osso, não tem mais condição de cortar. Não é mais corte ou menos corte que vai motivar a votação", disse.

O ministro participou nesta quinta-feira (30) de cerimônia da última edição impressa do "Diário Oficial da União", que a partir de agora só será disponível em versão digital.

"A tiragem diária hoje é de menos de 10 mil exemplares no papel, porque não há mais a demanda anterior. O dia de hoje é um marco na imprensa brasileira", disse.


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