Folha de S. Paulo


Alckmin diz que quis evitar sequelas ao aceitar disputar comando do PSDB

Marlene Bergamo/Folhapress
PODER - O Governador de Sao Paulo, Geraldo Alckmin, da entrevista depois de jantar com FHC, Tarso Jereissati e Marconi Perillo no Palácio dos Bandeirantes onde trataram de sua candidatura a Presidencia do Brasil. 27/11/2017 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017 -
O governador Geraldo Alckmin depois de jantar com FHC, Tasso e Perillo no Palácio dos Bandeirantes

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à presidência do partido, disse nesta terça-feira (28) que nunca havia pensado no cargo e que seu objetivo ao entrar na disputa foi evitar sequelas na sigla.

A afirmação foi feita em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), após a inauguração do HC Criança, no complexo do HC (Hospital das Clínicas) da cidade.

Nesta segunda (27) à noite, Alckmin havia afirmado que aceita presidir o PSDB para "fortalecê-lo".

"O que eu falei é que se eu puder unir o partido, buscar unidade e fortalecer o PSDB, para ser um forte instrumento de mudança no Brasil é nosso dever ajudar. Isso vai definir mesmo dia 9 de dezembro", disse.

O PSDB tem marcada convenção no dia 9 para eleger sua nova Executiva. Alckmin virou o principal nome no PSDB para assumir a direção nacional do partido após o governador de Goiás, Marconi Perillo, abrir mão de sua candidatura em nome da unidade do partido em torno do governador paulista.

O tucano decidiu concorrer à presidência do partido na noite de domingo (26), após decisão do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) de também retirar a candidatura para abrir caminho para Alckmin.

"[Eram] Duas chapas para uma disputa e o [ex-] presidente Fernando Henrique falou 'olha, era melhor se a gente conseguisse uma unidade partidária, evitar disputa, acaba deixando sequelas'. Os dois retiraram as suas pré-candidaturas, tanto o Tasso quanto o Marconi, quem vai decidir é o diretório", disse o governador.

DISPUTA TUCANACandidaturas no PSDB são marcadas por rixas internas

AÉCIO

Questionado se conversou com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sobre a candidatura à presidência tucana, Alckmin disse apenas que "não".

O tucano afirmou defender um regime de economia de mercado e que é preciso que o Estado funcione. "Não cabe no PIB o tamanho desse Estado que existe hoje, acaba sendo empecilho ao crescimento do país. De outro lado, um Estado que funcione, que seja eficiente, que tenha boas políticas públicas, que atenda aqueles que mais necessitem e promova o desenvolvimento regional. Tenho defendido maior inserção internacional."

Servidores do HC e membros da Apeoesp (sindicato dos professores) fizeram protesto, com cartazes, criticando as políticas do governo do Estado para os setores.

Alckmin, questionado sobre a manifestação, disse que ela não atrapalhou. "Nada, nada. Já estou acostumado, desde a época do Mário Covas isso sempre acontece. A gente tem de ter paciência."


Endereço da página:

Links no texto: