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Bolsonaro e Duvivier presenciam condução de Jorge Picciani pela PF; assista

Reginaldo Pimenta/Raw Image/Folhapress
Jorge Picciani, presidente da Alerj, é levado para depor na sede da Polícia Federal, no centro do Rio, durante a Operação Cadeia Velha
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB), é conduzido à sede da PF

O deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o colunista da Folha Gregorio Duvivier presenciaram o momento em que a Polícia Federal conduziu à sua sede o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), Jorge Picciani (PMDB), no desembarque do aeroporto do Rio de Janeiro.

Picciani foi intimado a depor na Operação Cadeia Velha, deflagrada pela polícia nesta terça-feira (14). O filho do deputado, Felipe Picciani, foi preso em Uberlândia (MG).

"A gente espera que a Polícia Federal continue fazendo esse bom trabalho", disse Bolsonaro em vídeo publicado nas suas redes sociais. "A corrupção tem que ser combatida e tem de ser com radicalismo mesmo".

Reprodução Bolsonaro

Segundo Bolsonaro, a Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) tem problemas há décadas no Estado. "Quem paga o pato é o povo", disse o deputado, que parabenizou a Polícia Federal e o Ministério Público.

Duvivier, por sua vez, se disse feliz por ter presenciado um momento "tão aguardado pelo povo" do Rio.

"Chegando no Rio, recepção calorosa da PF", escreveu o colunista, que filmou Picciani sendo abordado por policiais ao deixar uma aeronave.

Reprodução/Instagram

Antes, Duvivier havia publicado uma foto sentado à frente de Picciani. Ambos estavam no mesmo voo.

"Aguarde cenas do próximo capítulo", escreveu Duvivier.

Reprodução/Instagram

Na operação desta terça também são alvos de mandado de prisão três empresários ligados ao setor de ônibus: Jacob Barata Filho, Lélis Teixeira e José Carlos Lavouras, todos alvos da Operação Ponto Final, deflagrada em julho.

Foram chamados a prestar depoimento ainda Paulo Melo (PMDB), ex-presidente da Assembleia, e Edson Albertassi (PMDB), que já foi líder do PMDB na Alerj.

Os mandados têm como base a delação do doleiro Álvaro Novis, que declarou ter distribuído cerca de R$ 500 milhões entre 2011 e 2015 em propina para políticos a pedido de empresários de ônibus.

A Operação Ponto Final, que teve como foco a suposta quadrilha comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), apontou pagamentos de cerca de R$ 260 milhões. Os R$ 240 milhões restantes referem-se a pessoas com prerrogativa de foro privilegiado.


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