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Marconi Perillo vai a Tasso defender reunificação do PSDB

Alan Marques - 9.nov.2016/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 09.11.2016. O governador de Goiás, Marconi Perillo, participa da cerimônia de lançamento do Cartão Reforma, no Palácio do Planalto.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
O governador de Goiás, Marconi Perillo, em cerimônia no Palácio do Planalto

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), virá a Brasília nesta quarta-feira (1º) para uma conversa com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), sobre o futuro do partido.

Durante o encontro, solicitado por Perillo, o governador dirá a Tasso que ele defende a "reunificação" do PSDB.

No início do mês, Perillo confirmou à Folha que disputará a presidência do partido em dezembro, para quando está marcada a convenção nacional.

Embora ainda não tenha oficializado sua candidatura, Tasso é tratado como um virtual adversário de Perillo para o cargo.

O senador cearense disse a aliados que anunciará nesta quarta a postura que adotará sobre a presidência do PSDB. Na semana passada, ele indicou que será candidato.

EMBATE

O PSDB enfrenta um momento de racha interno que teve início no primeiro semestre deste ano.

Apesar de a sigla ocupar quatro ministérios no governo do presidente Michel Temer, uma ala do partido defende o desembarque.

O racha começou em maio, lodo depois de virem à tona os áudios gravados pelo empresário e delator Joesley Batista. O conteúdo das conversas resultou em acusações a Temer e ao então presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Uma ala do PSDB passou a defender então o afastamento de Aécio da presidência e o desembarque dos tucanos da base governista.

Aécio se licenciou do cargo em maio e indicou Tasso para substituí-lo.

O tom crítico adotado pelo cearense em direção ao Palácio do Planalto incomodou tucanos governistas. Diante da proximidade de Aécio com Temer, Tasso passou a defender também a renúncia definitiva do mineiro do comando do partido.

A troca de farpas resultou em uma conversa entre Tasso e Aécio na semana passada, quando o mineiro descartou a possibilidade de renúncia e fez um apelo para que o cearense ficasse no cargo até o fim do ano.


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