O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta sexta-feira (29) que defenda a restrição das prévias partidárias para a escolha do candidato a presidente, em vez de ampliá-la a todos os filiados.
"Não tem nenhuma procedência. Está no estatuto do PSDB, desde o seu início [que todos os militantes possam votar]", disse o tucano.
"Aliás, na primeira prévia, que ocorreu em 1989 para presidente da República, todos os filiados votaram. Aqui em São Paulo, na última prévia [para a escolha do candidato a prefeito em 2016], todos os filiados votaram. Nós defendemos a prévia com todos, todos os filiados", concluiu.
Reportagem publicada pela Folha mostrou que interlocutores do governador disseram que ele se mostrou favorável a uma proposta de restrição apresentada pelo deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG).
O deputado relatou que Alckmin "leu e gostou" da sua sugestão. Na proposta de Pestana, o universo de eleitores das prévias é composto pelos presidentes de diretórios municipais, vereadores, prefeitos, membros de diretórios estaduais e da Executiva nacional, deputados estaduais e federais, senadores e governadores.
Com isso, do 1,5 milhão de filiados do PSDB no país, teriam direito a votar cerca de 12 mil.
Aliado do governador, o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) também veio a público nesta sexta para reafirmar a posição favorável de Alckmin em relação às prévias.
"Ele é a favor de prévias amplas desde sempre. Aliás, é o primeiro a defendê-las dentro do partido", disse Torres. "Se houver mais de um candidato, a Executiva do PSDB definirá o modelo e data."