Folha de S. Paulo


Para ministro, defesa de intervenção militar por general é 'caso encerrado'

Jorge Araujo/Folhapress
Campinas SP Brasil 01 06 2017 Embarcaram para o Haiti os últimos militares das Forças Armadas que irão atuar na Missão da ONU para Estabilização do Haiti (Minustah). O ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou com familias dos militares da cerimôniaPODER. . Jorge Araujo Folhapress 703 ORG XMIT: XXX
O ministro Raul Jungmann participa de cerimônia com familiares de militares enviados ao Haiti

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta-feira (22) que é "caso encerrado" a declaração do general Antonio Hamilton Mourão em defesa de uma "intervenção militar" caso o problema da corrupção não seja solucionado no país.

Segundo ele, o comandante do Exército Brasileiro, Eduardo Villas Bôas, que decidiu não punir o general da ativa, "tomou as providências necessárias" sobre a polêmica.

"Eu reuni com o comandante do Exército Brasileiro, ele tomou as providências necessárias e esse caso está encerrado", disse.

Como revelou a Folha, o general afirmou que seus "companheiros do Alto Comando do Exército" entendem que uma "intervenção militar" poderá ser adotada se o Poder Judiciário "não solucionar o problema político".

Mourão disse que poderá chegar um momento em que os militares terão de "impor isso" [ação militar] e que essa "imposição não será fácil".

Segundo ele, seus "companheiros" do Alto Comando do Exército avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas ela poderá ocorrer após "aproximações sucessivas".

Na quinta-feira (21), em reação ao general, Villas Bôas disse que o Exército Brasileiro está comprometido com a democracia.

Segundo ele, "o comandante é a autoridade responsável por expressar o posicionamento institucional das Forças Armadas e tem se manifestado publicamente sobre os temas que considera relevantes".


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