Folha de S. Paulo


Lula defende colaboração de filiado para evitar 'negociata'

Jorge Araujo/Folhapress
Ex-presidente Lula, durante lançamento da iniciativa
Ex-presidente Lula, durante lançamento da iniciativa "Brasil que o Povo Quer", organizada pelo PT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta sexta-feira (22), que o PT se lance em uma campanha de arrecadação para evitar que o partido faça "negociata".

Ao participar do lançamento de uma campanha de filiação, Lula afirmou que o partido deveria fazer um trabalho de convencimento para que os militantes possam ajudar o PT.

"Quem tem que financiar as nossas armas somos nós mesmos. Nós precisamos voltar a ter, junto com a campanha de filiação, uma campanha de convencimento de que uma pequena contribuição de cada companheiro pode ajudar o PT a não precisar de dinheiro empresarial e não ficar fazendo negociata atrás de um fundo que a sociedade compreenda que possa ser imoral para o partido", disse.

O ex-presidente disse ainda que, talvez em decorrência do momento político, os "empresários nacionalistas desapareceram".

O petista, que já cogitou a criação de uma frente partidária para disputar as próximas eleições, disse que o PT não deve mudar de nome. Ele criticou os partidos que estudam trocar suas marcas.

"Enquanto os partido estão com vergonha de dizer que são políticos, as pessoas estão inventando nomes. Daqui a pouco, é maionese, é "vamos que vamos", é "nós podemos", "nós queremos". Nascemos PT e queremos terminar sendo PT".

Antes de sua intervenção, o secretário de Comunicação do PT, Carlos Árabe, contou ter ocorrido filiação em massa ao partido no dia da condenação de Lula. Ao assumir o microfone, Lula ironizou, dizendo que o número de militantes aumentaria muito mais se fosse condenado em segunda instância.

No lançamento da campanha, foi fixada como meta uma investida nos eleitores jovens e de sexo feminino.


Endereço da página:

Links no texto: