Folha de S. Paulo


Em Buenos Aires, Doria diz que 'não haverá fissuras' no PSDB

Prefeitura de São Paulo/Divulgação
O prefeito João Doria em encontro com presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Buenos Aires
O prefeito João Doria em encontro com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Buenos Aires

Em visita a Buenos Aires, nesta quinta-feira (14), o prefeito de São Paulo, João Doria, disse que "não haverá fissuras" no PSDB e que seria uma "indelicadeza" dele com o governador Geraldo Alckmin tomar uma decisão agora sobre concorrer ou não à Presidência da República. "Sigo tendo uma relação muito cordial e amistosa com Alckmin", afirmou.

Perguntado sobre se tem vontade de disputar o cargo, disse que "o tempo dirá", e, na sequência, se pretendia terminar seu mandato na prefeitura, respondeu: "estou cumprindo".

Acrescentou que o partido deve definir sua candidatura para 2018 apenas no começo do ano que vem, "provavelmente depois do Carnaval". Sobre a possibilidade de uma chapa Alckmin-Doria, o prefeito afirmou que "não se descarta nada". Acrescentou também que não tem "intenção de fazer política fora do PSDB".

Doria concedeu entrevista a jornalistas locais e estrangeiros, após encontrar-se com o presidente Mauricio Macri, sobre quem disse ser "uma referência" e alguém que tem ideias "absolutamente iguais" às dele.

"Por virmos do setor privado, ambos compartilhamos o fato de não gostar de burocracia e de ouvir que as coisas não são possíveis quando entramos na vida pública. Essa é uma cultura que só pode ser combatida com uma atitude firme."

O prefeito não economizou em elogios ao mandatário argentino, com quem tirou várias fotos e disse ser "um grande líder".

À imprensa, difundiu imagens assinando o livro de visitas da Casa Rosada e dando declarações com a sede do governo argentino por trás.

Sobre a nova acusação contra o presidente Michel Temer, Doria disse que "não acredita que essa nova denúncia possa apresentar algo comprometedor com relação ao presidente, mas é preciso esperar."

Ao ser indagado sobre as acusações contra o ex-presidente Lula, Doria disse: "Lula é um mentiroso contumaz. Lula tem uma mente criminosa, aliás, você pode colocar isso no lide de sua matéria. Tenho certeza de que a Justiça brasileira agirá da forma correta no seu caso."

MEIRELLES

Perguntado sobre a recente troca de farpas entre ele e o ministro da Economia, Henrique Meirelles, Doria disse que o considerava um "bom ministro da Fazenda, com uma posição sensata e firme, e por isso não acharia conveniente que se deixasse contaminar pela corrida eleitoral agora, embora respeite seu desejo de se candidatar, ele tem direito, mas não deveria manifesta-lo agora".


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