Folha de S. Paulo


Meirelles 'sorriu' após pedido para disputar Presidência, diz líder do PSD

Pedro Ladeira - 18.ago.2017/Folhapress
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles

O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Marcos Montes (MG), afirmou nesta quarta-feira (13) que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recebeu com "entusiasmo" o pedido da bancada para que ele se candidate à sucessão de Michel Temer em 2018.

Meirelles recebeu cerca de 20 deputados do PSD, partido ao qual é filiado, em almoço na sua casa, no Lago Sul, região nobre de Brasília.

"Ele começa a se descolar como um candidato que tem afinidade com o mercado e com a sociedade. Ele recebeu [o pedido da bancada para se candidatar] com entusiasmo. Se vier a ser chamado, ele não disse isso, mas o partido tem certeza de que ele atenderá ao chamado da sociedade", afirmou Montes na saída do almoço.

Meirelles não falou com a imprensa.

Logo depois da reunião, o ministro da Fazenda usou sua conta em rede social para negar a pré-candidatura à Presidência.

"Eu não sou pré-candidato à Presidência da República. Estou concentrado em meu trabalho na Fazenda, para colocar o Brasil na rota do crescimento sustentado. Fiquei muito honrado com as palavras de todos os deputados do PSD. Seguirei debatendo a política econômica com todos os parlamentares", afirmou Meirelles.

Segundo relato de deputados e do próprio Montes, o ministro sorriu ao ser mencionado como candidato da legenda à Presidência da República.

"Sorriu, o que é melhor do que palavras", afirmou Montes, segundo quem Meirelles autorizou a bancada a falar politicamente em seu nome. "Viemos aqui comemorar os números econômicos e colocar um verniz político nessa atuação econômica."

O ministro da Fazenda já foi cogitado outras vezes para disputar o Planalto. Ele é um dos nomes que despontam entre os aliados de Temer, presidente que tem atualmente com rejeição popular recorde.

O último cargo eletivo disputado por Meireles foi há mais de 15 anos: em 2002 ele foi eleito deputado federal com a maior votação de Goiás. Mas não exerceu o mandato pois foi convidado a comandar o Banco Central por Luiz Inácio Lula da Silva.

O hoje ministro da Fazenda acabou deixando a gestão petista pouco antes do início do governo Dilma Rousseff (2011-2016).


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