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Alckmin atuou em acerto de Aécio para Tasso seguir à frente do PSDB

Marivaldo Oliveira/Código19/Folhapress
Alckmin participou à distância de reunião em que Aécio e Tasso definiram manter o comando do PSDB
Alckmin participou à distância de reunião em que Aécio e Tasso definiram manter o comando do PSDB

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou à distância da conversa em que o senador Aécio Neves (MG) acertou a permanência do senador Tasso Jereissati (CE) na presidência interina do PSDB.

Tasso e Aécio se reuniram na manhã desta quinta-feira (3) em Brasília e Alckmin conversou por telefone de São Paulo com os dois durante o encontro. Ao final, eles anunciaram que Aécio permanece licenciado.

O governador paulista procurou acalmar os ânimos de Tasso, irritado com as articulações de Aécio.

A análise do grupo foi de que o clima de forte divisão do partido e o impasse sobre a manutenção do apoio ao presidente Michel Temer prejudicam a imagem da sigla, especialmente diante da proximidade das eleições de 2018.

A solução beneficiou Tasso, que saiu fragilizado da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, na quarta-feira (2), em que 22 deputados votaram pelo arquivamento. Ele e o líder da bancada, Ricardo Tripoli (SP), são críticos à permanência do PSDB no governo.

Aécio, por sua vez, em meio à pressão para que renuncie imediatamente ao cargo, conseguiu ganhar tempo, ao anunciar que o partido definirá a nova Executiva até o final do ano. Por fim, ao falarem em prévias para a escolha do presidenciável tucano, Tasso e Aécio endossam um pleito de Alckmin.

Aécio se afastou da presidência do PSDB em maio, quando foi revelada conversa em que pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS.

Tucanos mais próximos a Tasso devem conversar com os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) para que eles evitem uma postura hostil em relação aos que votaram contra o governo.

Nunes vem dando declarações duras em relação aos que defendem a saída do PSDB do governo e Imbassahy atuou como grande aliado do Planalto na negociação de emendas parlamentares em troca de apoio para barrar a denúncia do presidente. Tucanos do senado farão apelo aos ministros a fim de evitar fogo amigo.


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