Folha de S. Paulo


PT exibe fissuras às vésperas de congresso partidário

O ex-presidente Lula desembarca em Brasília nesta quarta (31) com a tarefa de tentar, mais uma vez, pacificar a disputa interna no PT. À véspera do congresso partidário, ele se reunirá com representantes das diferentes forças petistas na tentativa de impedir que a abertura do encontro seja palco de uma briga sobre o modelo das eleições dentro do PT.

Em janeiro, Lula patrocinou um acordo para as eleições que ocorrem nesta semana –a senadora Gleisi Hoffmann (PR) é favorita; seu colega Lindbergh Farias (RJ) também é candidato.

Em votação, venceu a tese de não incluir o formato das eleições do comando petista na pauta do congresso desta semana. Apesar dos esforços de Lula por um acordo, o tema foi levado aos congressos estaduais e será submetido a voto nesta semana.

Integrantes da corrente de Lula reclamam da intenção de correntes internas defenderem o fim das eleições diretas do PT, alegando que a conduta debilita a defesa da antecipação da disputa pela Presidência da República. Outro argumento é de que o partido deveria se concentrar na campanha pelas Diretas-Já, em vez de expor suas fissuras.

Segundo aliados do ex-presidente, Lula está contrariado com a volta do debate.

Um dos defensores da realização de eleições internas em congressos, o secretário de Formação do PT, Carlos Alberto Árabe, diz que essa discussão fortalece a democracia partidária.

Na tentativa de evitar outras controvérsias, o PT deverá ampliar o tamanho da Executiva e do Diretório nacionais, acomodando petistas que perderiam assento no comando partidário. O número de integrantes da Executiva deverá subir de 18 para 26. Do diretório passará de 82 para 90.


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