O ministro Raul Jungmann (Defesa) afirmou que as tropas acionadas pelo governo para proteger prédios públicos não irão reprimir manifestantes no Distrito Federal durante a vigência do decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
"O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez a solicitação e nós atendemos. Temos 1.400 homens em posição totalmente defensiva. A Polícia Militar do Distrito Federal irá cuidar de manifestantes", afirmou o ministro, por telefone.
O pedido de Maia (DEM-RJ), que foi criticado em plenário na Câmara pelo uso de militares contra protestos, é para que a Força Nacional de Segurança seja utilizada. "Nós não temos tropas da Força Nacional suficientes aqui, então usamos as Forças Armadas. Esse é o procedimento, já ocorreu em outras ocasiões. Só neste ano autorizamos oito GLOs no país", disse o ministro.
A preocupação das Forças Armadas é a de evitar confrontos diretos entre manifestantes e seus homens. Em Brasília há uma delegacia de polícia judiciária militar para lidar com eventuais incidentes. A GLO é regulamentada por lei de 1999.
Em segurança pública, a GLO já foi evocada em operações no Rio de Janeiro e durante a fase aguda das crises no Rio Grande Norte e no Espírito Santo. Segundo o Ministério da Defesa, isso acontece "devido ao esgotamento dos meios de segurança pública, para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio".
A GLO também foi usada em grandes eventos, como a Rio+20 de 2012, as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014), a visita do papa em 2013 e a Olimpíada de 2016.