Folha de S. Paulo


Jungmann diz que militares cuidarão de prédios e que repressão é com a PM

Pedro Ladeira/Folhapress
PM com arma de fogo em frente ao Ministério da Agricultura, em Brasília, durante protesto contra governo
PM com arma de fogo em frente ao Ministério da Agricultura, durante protesto contra governo

O ministro Raul Jungmann (Defesa) afirmou que as tropas acionadas pelo governo para proteger prédios públicos não irão reprimir manifestantes no Distrito Federal durante a vigência do decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

"O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez a solicitação e nós atendemos. Temos 1.400 homens em posição totalmente defensiva. A Polícia Militar do Distrito Federal irá cuidar de manifestantes", afirmou o ministro, por telefone.

O pedido de Maia (DEM-RJ), que foi criticado em plenário na Câmara pelo uso de militares contra protestos, é para que a Força Nacional de Segurança seja utilizada. "Nós não temos tropas da Força Nacional suficientes aqui, então usamos as Forças Armadas. Esse é o procedimento, já ocorreu em outras ocasiões. Só neste ano autorizamos oito GLOs no país", disse o ministro.

A preocupação das Forças Armadas é a de evitar confrontos diretos entre manifestantes e seus homens. Em Brasília há uma delegacia de polícia judiciária militar para lidar com eventuais incidentes. A GLO é regulamentada por lei de 1999.

Em segurança pública, a GLO já foi evocada em operações no Rio de Janeiro e durante a fase aguda das crises no Rio Grande Norte e no Espírito Santo. Segundo o Ministério da Defesa, isso acontece "devido ao esgotamento dos meios de segurança pública, para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio".

A GLO também foi usada em grandes eventos, como a Rio+20 de 2012, as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014), a visita do papa em 2013 e a Olimpíada de 2016.


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