Depois de dois dias em Nova York para participar de seminários e eventos ao lado de Geraldo Alckmin e João Doria, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixou o hotel em que estava hospedado na cidade sem comentar as acusações de Joesley Batista de que recebeu R$ 500 mil de propina em março em São Paulo.
Auxiliar dos mais próximos de Michel Temer, Rocha Loures não quis responder a acusação de que Joesley o entregou uma mala de dinheiro, indicado pelo presidente, para atuar junto ao Cade para favorecer a termelétrica EPE, da JBS.
Abalado e aparentando nervosismo, afirmou apenas que só falaria quando chegasse ao Brasil. Não quis dizer se admitiria o encontro nem o recebimento da quantia.
Rocha Loures participou do jantar de homenagem a Doria na terça-feira e do seminário de Alckmin no dia seguinte pela manhã.
Nas rodas de conversa, dizia-se animado com a melhora do ambiente econômico do país e com a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência. Evitou fazer previsões sobre as eleições em 2018.
Depois da revelação da delação de Joesley, trancou-se no quarto do hotel – Lotte New York Papace, na Madson Avenue –por volta das 18h, segundo um executivo com quem teve contato.
Bruno Poletti - 7.abr.2016/Folhapress | ||
O deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) |