De olho no Senado, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) conversa com o PTB sobre uma possível filiação ao partido.
A sigla tenta seduzi-lo com a vaga para disputar uma das duas cadeiras de senador que entrarão em jogo nas eleições de 2018.
Feliciano está insatisfeito com seu atual abrigo, o Partido Social Cristão, e já manifestou vontade de pular para a outra Casa do Congresso.
No domingo (7), ele foi à casa do deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB-SP, conversar. O deputado estadual Cezinha da Madureira (DEM-SP) também estava lá.
Cezinha é a voz da Assembleia de Deus Madureira, um dos maiores galhos evangélicos do país, na Assembleia Legislativa paulista.
Segundo Campos Machado, "se correr como combinado, ele [Feliciano] vem com apoio de grandes igrejas". O petebista destaca ainda "a situação meio popstar" do pastor, que seria "não só um candidato da direita, mas do mundo religioso".
Feliciano não confirma a mudança de legenda, mas ratifica a ideia de concorrer ao Senado "por um partido maior, com mais capilaridade". Vê um cenário favorável, já que dois virtuais concorrentes –a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e o chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), senador licenciado– estão enroscados na Operação Lava Jato.
"Sinto que minhas bandeiras, a família, estão desguarnecidas. O Estado mais conservador do país, São Paulo, tem três senadores que apoiam o aborto. Um partido maior, com mais capilaridade e tempo de TV, pode me dar a chance dessa conquista."
Sinaliza ter planos ainda mais ambiciosos para 2022. "Se consigo uma vaga no Senado, imagine em 2022, com o crescimento dos evangélicos... Uma cadeira no Executivo não seria mais um sonho, e sim uma realidade."