O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) recebeu "vantagens não contabilizadas" nas campanhas de 2006 e 2014 em troca de apoio na aprovação de medida provisória e a contratos referentes ao Transporte Moderno de Salvador II (TMS II).
O relato foi feito por Cláudio Melo Filho, João Antônio Pacífico Ferreira e Marcelo Odebrecht, delatores da Odebrecht, na Operação Lava Jato.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acatou pedido da Procuradoria-Geral da República e encaminhou a investigação à Procuradoria da República na Bahia.
O despacho faz parte da lista de procedimentos de Fachin tornados públicos nesta terça-feira (12).
Geddel integrava o núcleo duro do governo Michel Temer até ser acusado, em novembro passado, pelo então ministro da Cultura, Marcelo Calero, de tê-lo pressionado a produzir um parecer técnico para favorecer seus interesses pessoais.
OUTRO LADO
A defesa de Geddel afirma que o ex-ministro tem "absoluta tranquilidade que não cometeu nenhum tipo de irregularidade", e que só vai se posicionar sobre o caso quando tiver acesso ao inquérito.