Folha de S. Paulo


Delator diz que campanha de Dilma recebeu vantagens indevidas

Reprodução/Instagram/brazil_conference
A ex-presidente Dilma Rousseff durante a MIT & Harvard Brazil Conference
A ex-presidente Dilma Rousseff durante a MIT & Harvard Brazil Conference

O ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar relatou que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu "vantagens indevidas, não contabilizadas, no âmbito da campanha eleitoral no âmbito da campanha no ano de 2014".

O assunto está em uma das petições assinadas pelo ministro do STF Edson Fachin relacionada às delações da Odebrecht. No documento, ele declina a competência do Supremo para julgar o caso, já que a ex-presidente não tem foro privilegiado.

O STF tornou os documentos relacionados às delações da empreiteira públicos na noite desta terça-feira (11).

O delator relatou que os repasses foram feitos por intermédio de Manoel Araújo Sobrinho a pedido do tesoureiro da campanha Edinho da Silva, hoje prefeito de Araraquara eleito pelo PT.

Com a eleição de Dilma em 2014, Edinho foi nomeado secretário de Comunicação Social da Presidência e Sobrinho se tornou seu chefe de gabinete.

No entanto, ele caiu do posto depois que o dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou que Sobrinho, homem de confiança de Edinho, acertou a doação de R$ 7,5 milhões da campanha de 2014 de Dilma.

A assessoria de imprensa da ex-presidente afirmou nesta quarta (12) que ainda não irá se pronunciar sobre as novas menções.

OUTRO LADO

Edinho Silva diz reforçar que "seu trabalho como coordenador financeiro da campanha Dilma/Temer 2014 foi realizado dentro da legalidade e que todas as doações estão declaradas ao TSE, sendo elas analisadas e aprovadas por unanimidade pelo órgão".

Sobrinho afirma que "tinha função burocrática" na campanha, responsável pela documentação que viabilizava as doações. E que só diálogou com representantes da Odebrecht para documentar as doações, que foram declaradas e aprovadas pelo TSE (Tribuna Superior Eleitoral).


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