Folha de S. Paulo


Delatores afirmam que Vicentinho recebeu R$ 30 mil em espécie

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BRASILIA, DF, BRASIL, 30-06-2009 15h00: Deputado Vicentinho lê seu relatorio sobre a redução da carga horária semanal que passaria de 44 horas para 40 horas, no Congresso Nacional. Politica. Fot: Alan Marques / Folha imagem
O deputado Vicentinho no Congresso Nacional

O deputado Vicentinho (PT-SP) recebeu R$ 30 mil em espécie para a sua campanha à Câmara dos Deputados em 2010, afirmam os delatores da Odebrecht Benedicto Junior, ex-diretor da construtora do grupo, e Carlos Armando Guedes Pascoal.

O dinheiro saiu do departamento de propina da Odebrecht e foi entregue em espécie a Vicentinho. Ele aparece na lista da Odebrecht com o codinome de João Pessoa, apesar de ter nascido no Rio Grande do Norte, não na Paraíba.

Os delatores relatam que o então candidato acertou a doação na sala de Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, no edifício Eldorado, em São Paulo.

O ministro Edson Fachin determinou a abertura de inquérito no Supremo para apurar o suposto crime relatado pelos delatores.

A abertura dos inquéritos não implica culpa dos investigados. A partir da decisão, os investigadores e os advogados apresentam provas para determinar se há indício de autoria do crime ou não.

Depois disso, o Ministério Público decide se apresenta uma denúncia ou pede o arquivamento do inquérito. Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo, o investigado se torna réu e passa a ser julgado pelo tribunal.

"Vi isso com surpresa. De uma coisa tenho certeza: não sei, não fui e jamais serei corrupto. Meus projetos são todos contra interesses de empreiteiras, inclusive da Odebrecht. Mas vamos aguardar do que estão me acusando", disse Vicentinho à Folha.

VANDER LOUBET

O STF também autorizou abertura de inquérito para investigar o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) por suposto recebimento de R$ 50 mil em caixa dois na campanha de 2010 do departamento de propina da Odebrecht.

O pedido de investigação feito pela Procuradoria-Geral da República tem por base a delação de Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht.

LISTA DE JANOT 2 - Quantidade de filiados, por partido, com investigação autorizada pelo STF


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