Folha de S. Paulo


Ex-ministro de Lula vira alternativa a Lula para presidir PT

Lalo de Almeida - 05.out.2014/Folhapress
Sao Paulo, SP. 05/10/2014. O ex-presidente da Republica Luiz Inacio Lula da Silva chega para votar em uma escola de Sao Bernardo do Campo acompanhado do candidato do PT ao governo de Sao Paulo Alexandre Padilha. ( Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress, PODER )
Alexandre Padilha acompanha Lula durante a votação nas eleições de 2014

Integrantes da CNB (Construindo um Novo Brasil) —maior força interna do PT— lançarão, nesta semana, uma campanha a favor do ex-ministro Alexandre Padilha para a presidência do partido.

A intenção é ter Padilha preparado para a hipótese de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistir de se candidatar à presidência da legenda. No início deste mês, Lula autorizou dirigentes petistas a alinhavarem sua candidatura.

Mas deixou claro sua contrariedade. Ainda segundo petistas, o próprio Lula concordou com a ideia de "testar" o nome de Padilha na CNB, corrente que o ex-presidente integra.

Defensor do nome de Padilha como alternativa a Lula, o presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, distribuiu a petistas um artigo em apoio ao ex-ministro. No texto, ele aponta a trajetória de Padilha, nascida na Juventude Petista, como um ponto a favor de sua candidatura.

Defendido pela chamada esquerda petista, o senador Lindbergh Farias (RJ) foi do PCdoB e do PSTU. Ao citar as qualidades de Padilha, Quaquá afirma que ele "nasceu quase no PT".

Sobre Lindbergh, Quaquá diz que o senador tem "uma trajetória muito individualista e pouco compromissada com a organização coletiva do partido".
Também adepto à candidatura de Padilha, o ex-secretário Chico Macena afirma que Padilha tem identidade com o PT. "Ele entusiasma a militância e atrai a juventude petista".

Segundo os dois, Padilha concordou que seu nome fosse levado ao partido, desde que seja lançado pela CNB e que Lula não concorra. "Meu candidato é o Lula", afirmou Padilha.

A articulação nasceu da necessidade de evitar que a candidatura de Lindbergh, hoje em plena campanha, avance sem que a CNB ofereça uma alternativa. A corrente de Lula chegou a cogitar a candidatura do tesoureiro do PT, Márcio Macedo, mas a ideia não vingou ante à constatação de que o nome de Padilha tem mais consistência.


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