A Assembleia Legislativa de São Paulo elegeu nesta quarta-feira (15) o deputado Cauê Macris como novo presidente da Casa.
Macris recebeu 88 votos. Raul Marcelo, do PSOL, teve dois votos e Carlos Neder, do PT, também dois.
A eleição com ampla maioria já era prevista.
A surpresa foi a inscrição de Neder, de última hora, pelo deputado João Paulo Rillo (PT).
Rillo apresentou um recurso ao atual presidente da casa, Fernando Capez (PSDB), baseando-se em um artigo da Constituição Federal que afirma que qualquer deputado pode se candidatar.
Neder e Rillo movimentavam-se desde a noite de terça (14) para lançar uma candidatura avulsa à bancada petista, que apoiou amplamente a eleição de Macris.
Os dois, ao lado de José Américo, promoveram uma campanha contrária ao apoio da legenda ao tucano. Américo, porém, seguiu a orientação do diretório estadual e votou com a bancada, em Macris.
Atual líder do governo na Assembleia, Macris, 33, é um dos mais leais a Geraldo Alckmin (PSDB), herança do relacionamento do governador com seu pai, o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), que presidiu a Assembleia de 1999 a 2001.
Nomes fortes da política em Americana, os Macris foram um dos primeiros a embarcar na candidatura de João Doria, pupilo do governador, à Prefeitura de São Paulo –a ideia rachou o partido.
Para aliados, Macris se saiu bem ao conseguir votar e aprovar todos os projetos de interesse do Bandeirantes em 2016, sobretudo num período de recessão, com cortes de emendas de parlamentares.