Folha de S. Paulo


Uruguaio que colaborava com a Lava Jato é encontrado morto

O chefe do órgão do Uruguai responsável pelo combate a crimes de lavagem de dinheiro, Carlos Díaz, foi encontrado morto pela mulher na piscina de sua casa, no balneário de Punta del Este, na noite de sábado (25).

Recentemente, Díaz havia se comprometido a colaborar com as autoridades envolvidas na Operação Lava Jato e chegou a oferecer as instalações de sua secretaria aos procuradores brasileiros, de acordo com o jornal "O Globo".

Segundo fontes oficiais ouvidas pelo periódico "El País", a polícia não encontrou indícios de atos de violência na casa do secretário.

A autópsia realizada no corpo de Díaz indicou morte por afogamento, mas uma série de perícias em laboratório ainda serão realizadas, informou o juiz responsável pelo caso, Marcelo Souto, ao jornal uruguaio.

As autoridades que atuam na apuração trabalham com a hipótese de que o afogamento tenha sido precedido por um desmaio ou infarto.

Desde 2010, Díaz comandava a Secretaria Nacional Para a Luta Contra a Lavagem de Ativos e o Financiamento do Terrorismo do Uruguai e comandou investigações contra organizações criminosas que tiveram grande repercussão no país, de acordo com a imprensa local.

A apuração da Lava Jato mais recente que cita operações no Uruguai é aquela relativa ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Ele movimentou recursos no Uruguai e outros cinco países, em dez contas no exterior, apontou o Ministério Público Federal brasileiro.


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