Folha de S. Paulo


Presidente do Peru diz que suposta propina da Odebrecht é 'traição'

Martin Mejia/Associated Press
 Peru's President-elect Pedro Pablo Kuczynski, speaks during a press conference with foreign journalist in Lima, Peru, Tuesday, July 26, 2016. Kuczynski's fledgling party won just 18 of 130 seats in the legislature, meaning that to reach his goals he'll need to form alliances. Kuczynski, also known as PPK, will take office on July 28th.(AP Photo/Martin Mejia) ORG XMIT: LIM101
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, em julho de 2016

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, classificou no domingo (5) de "traição" e "vergonha" para seu país os supostos atos de corrupção do ex-presidente Alejandro Toledo, suspeito de receber subornos da Odebrecht.

"Se tudo isso for confirmado, é uma grande vergonha, uma traição ao Peru e uma falta de respeito a nós, seus colegas, que tanto nos esforçamos para fazer um bom governo", disse o chefe de Estado à W Radio, da Colômbia.

Kuczynski afirmou se sentir "muito triste" com a informação divulgada na noite de sexta-feira (3) pela imprensa peruana de que o governo de Toledo (2001-2006) recebeu US$ 20 milhões em subornos de parte da Odebrecht, em troca da licitação da obra da rodovia interoceânica que une o Brasil ao Peru. Desse dinheiro, o ex-presidente teria recebido pelo menos US$ 11 milhões.

No sábado (4) houve uma operação na casa do ex-presidente, com a apreensão de cofres, caixas e vídeos.

A Odebrecht admitiu ter pago 29 milhões de dólares em subornos do Peru, entre 2005 e 2014.

Esse período abarca os governos de Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala, que também está sendo investigado por lavagem de dinheiro.


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