Folha de S. Paulo


Eike usou método para 'calvos com vergonha de peruca'

Divulgação/Governo do RJ
Sergio Cabral e Adriana Ancelmo em lancamento de livro do empresario Eike Batista, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, em 5 dezembro de 2011
Sergio Cabral e Adriana Ancelmo em lancamento de livro do empresario Eike Batista, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, em 5 dezembro de 2011

"Os calvos têm vergonha de usar peruca. Eu me envergonharia também". O slogan, acompanhado da imagem de um homem abraçado por uma mulher sem roupa, estampa propagandas do método usado por Eike Batista para tratar a calvície.

O empresário, segundo ele mesmo já declarou em entrevistas, é adepto do tratamento Tricosalus, criado na Itália nos anos 1960 e feito de modo "não cirúrgico".

No livro "Tudo ou Nada", uma biografia, a jornalista Malu Gaspar afirma que trata-se de "uma peruca feita com cabelos naturais, colados sobre uma película fina que aderia à cabeça com uma cola especial". Segundo ela, o empresário teria adotado o Tricosalus após três tentativas malsucedidas de implante capilar.

Quem trouxe o método ao Brasil foi o empresário italiano Alessandro Corona, que diz fazer "obra de arte" com os procedimentos, cujos custos em 2011 variavam entre R$ 23 mil e R$ 65 mil.

Procurada, a clínica afirmou que os pacientes são tratados caso a caso e não serão reveladas informações específicas sobre o caso Eike.

Ao aparecer com a cabeça rapada após a prisão, na segunda, no Rio, postagens em redes sociais passaram a questionar o método utilizado pela polícia: Eike teve a cabeça rapada ou a peruca foi confiscada?

Questionada, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio disse apenas que "foi adotado o procedimento padrão de corte de cabelo".


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