A ex-reitora da USP Suely Vilela foi anunciada na tarde desta terça-feira (29) como secretária da Educação de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) a partir de 1º de janeiro do ano que vem. Ela é um dos cinco nomes anunciados pelo prefeito eleito, Duarte Nogueira (PSDB), como membros do primeiro escalão de seu governo.
| Danilo Verpa - 22.mai.07/Folhapress | ||
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| Suely Vilela, ex-reitora da USP |
Vilela foi a primeira reitora da USP (Universidade de São Paulo), entre 2006 e 2009, e teve seu mandato marcado por uma invasão da reitoria que durou 50 dias e pela adoção de bônus para alunos de escolas públicas no vestibular da Fuvest.
Além dela, foram anunciados os secretários da Justiça e Assistência Social, Saúde, Casa Civil e Administração.
Vice-prefeito eleito, o promotor Carlos Cezar Barbosa (PPS) ocupará a pasta da Justiça e Assistência Social.
Sandro Scarpelini, diretor-executivo da Faepa (Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência), ligada ao HC (Hospital das Clínicas), comandará a Saúde. Já o ex-vereador tucano Nicanor Lopes será titular da Casa Civil. Ângelo Roberto Pessini Júnior comandará a Secretaria da Administração.
Segundo Nogueira, Vilela, professora titular da USP em Ribeirão, terá como função cuidar de vagas em creches, ampliar o programa de jornada integral e melhorar o transporte e a qualidade da merenda escolar.
"Ela vai preparar o plano diretor de manutenção e recuperação de todas as escolas municipais e vai nos oferecer um plano, que foi assumido com a cidade, para que possamos fazer as indicações dos diretores de escola através de oitiva, de chamamento da própria comunidade escolar", disse Nogueira.
A futura secretária, questionada sobre o acúmulo da função na prefeitura com a universidade, afirmou ter disponibilidade por não exercer atividade em sala de aula.
Já Barbosa se licenciará do Ministério Público Estadual. Ele disse que optará por receber salário da Promotoria. "É uma economia que a prefeitura vai fazer com o secretário. Vou receber do Ministério Público em função da opção que eu farei."
CRISE
Nogueira afirmou que dados levantados pela equipe de transição apontam que a dívida total do município pode chegar ao final de 2017 a até R$ 2,4 bilhões.
"O desequilíbrio fiscal projetado para 2017, se nada for feito, é de R$ 800 milhões", disse o tucano. O restante seria composto por uma dívida flutuante que pode chegar a R$ 400 milhões, além de R$ 900 milhões da dívida fundada (antiga) e outros R$ 300 milhões em débitos nos departamentos de água e desenvolvimento e no instituto de previdência.
O tucano disse que haverá redução no número de secretarias e funcionários em cargos comissionados, mas que o total ainda está sendo estudado pela equipe de transição. Novos nomes devem ser anunciados na próxima sexta-feira (2).
Nogueira, 52, foi eleito prefeito com 56,94% dos votos válidos, ante os 43,06% de Ricardo Silva (PDT), em sua quarta tentativa de governar a cidade -as outras foram em 1992, 2000 e 2012.