Folha de S. Paulo


Para presidente do PMDB, prisão de Cabral não afeta partido

Pedro Ladeira/Folhapress
Ministro Romero Jucá (Planejamento) concede entrevista na qual se defende de denúncia sobre ação para conter avanço da Lava Jato
O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR)

O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), negou nesta quinta (17) que a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral afete de alguma forma a sigla.

Cabral, do PMDB, foi preso esta manhã em seu apartamento na zona sul da capital fluminense, alvo na Operação Calicute, uma ação conjunta das forças-tarefas da Lava Jato no Rio e em Curitiba.

"Um partido não se afeta. É algo restrito. É importante que se dê a ele [Cabral] o direito de defesa, mas não vamos personalizar nem no partido, nem no Rio de Janeiro", disse o senador.

O ex-governador é acusado de desviar mais de R$ 220 milhões de recursos públicos federais em obras realizadas no Estado, que passa por uma crise fiscal e, por isso, teve R$ 170 milhões bloqueados pela União.

"Que os fatos sejam investigados com profundidade e se tenha convicção e julgamento na Justiça. Seria injusto antecipar qualquer julgamento uma vez que se desconhece os motivos da prisão", defendeu Jucá.

Também são investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Questionado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não se manifestaria a respeito.


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