Folha de S. Paulo


PT deve selar acordo sobre disputa por presidência da sigla

Sob a batuta do ex-presidente Lula, as forças internas do PT deverão selar, nesta quarta (9), um acordo para formatação da disputa pelo comando do partido.

Reunidos nesta terça (8) no Instituto Lula, dirigentes da CNB (Construindo um Novo Brasil) –a maior tendência petista– apresentaram uma proposta segundo a qual a nova direção do PT será eleita em congresso, desde que seus delegados sejam escolhidos por eleição direta em seus municípios.

Pela fórmula, será realizada uma eleição direta (PED) para a definição dos diretórios municipais, que escolherão os diretórios estaduais e, finalmente, o diretório nacional.

A proposta representa uma concessão da corrente integrada por Lula. Originalmente, a CNB defendia eleição direta em todas as tendências, mas cedeu ao ex-presidente.

Vice-presidente do PT, Jorge Coelho afirma que a tendência não se rendeu aos movimentos de esquerda, porque exige a fixação de uma pauta para o congresso, diferentemente da proposta de realização de um encontro com plenos poderes.

A ideia em discussão é versão da que foi defendida pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, que propôs um congresso em todas para a eleição de todas as instâncias.

Dos potenciais candidatos participaram da reunião: o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e o presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza.

Marinho já foi consultado pela CNB sobre a hipótese de concorrer à presidência do PT. Amigo de Lula, disse que pretende concorrer ao governo de São Paulo em 2018, mas se disse disposto a assumir missões partidária.

Integrantes da cúpula defendem que Emídio, por sua vez, continue na presidência do diretório estadual do partido.


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